quinta-feira, 31 de maio de 2012

Paróquia de Ouro Verde promove encontro de CEBs

cebs No último domingo, dia 27 de maio, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Ouro Verde realizou um encontro paroquial das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base).
O encontrou buscou refletir sobre a situação das CEBs na cidade, bem como formas de se resgatar sua identidade. Os assessores, Pe. Adriano Alves Pereira, pároco, e o seminarista Márcio Monteiro refletiram sobre as características principais do movimento, como a espiritualidade, a missão e evangelização.

III Interdiocesano das CEBs em Xaxim - SC

Xaxim reuniu no domingo (20) as Dioceses de Caçador, Joaçaba e Chapecó no III Interdiocesano dos grupos de reflexão, famílias e comunidades eclesiais de base (CEBs). O lema do encontro foi “Ide pelo mundo inteiro e anunciai as boas notícias a todos os povos”, sendo que o tema deste ano foi “Justiça e Profecia no campo e na cidade”.
Na programação, além das tradicionais celebrações também ouveram apresentações de cada Diocese. A recepção dos grupos de reflexão, famílias e comunidades eclesiais de base (CEBs) acorreu no Bairro Dr. Ari Lunardi por volta das 8h. A expectativa da organização era de receber cerca de cinco mil pessoas, entretanto ainda não há números oficias.
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quarta-feira, 30 de maio de 2012

CEBs Diocese de Iguatu - CEBs DIOCESANA PROMOVE FORMAÇÃO BÍBLICA










A Diocese de Iguatu realizou nos dias 26 e 27 de maio uma formação bíblica para os articuladores paroquiais de CEBs com enfoque na leitura orante e círculo bíblico. A formação foi realizada no Centro Pastoral, Paróquia São Francisco em Acopiara e foi assessorada pelo Prof. Fernando Paixão de Fortaleza.

Estavam presentes 13 paróquias numa representação de 42 pessoas.

Foi uma experiência muito boa, nos sentimos animados para continuar nossa missão evangelizadora tornando a Palavra de Deus mais conhecida e vivenciada – comentou Ir. Maria José, coordenadora diocesana de CEBs.

13ª Assembléia das CEBs Diocese de Miracema


Nem mesmo a instabilidade do tempo, sol e chuva, desmotivou os leigos engajados com a caminhada da CEBs. Desde cedo começou a mobilização na Comunidade Imaculada Conceição do  Povoado de Martinópolis, para receber os participantes. Estiveram presente um grupo de mais de 160 pessoas que participou desde sexta-feira até domingo. Nosso Bispo Diocesano, Dom Philip se fez presente durante toda a Assembleia. Este evento contou com a assessoria de Giovane Pereira Mello, Bispo de Tocantinópolis.


Para Cúpula dos Povos, rascunho da Rio + 20 explicita teor neoliberal

Em uma ação batizada Rio+Leaks, a Cúpula dos Povos, evento paralelo a Rio + 20 que acontecerá entre 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, divulgou a mais recente versão do documento que servirá de base para as discussões da conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que será realizada de 13 a 22 de junho no Riocentro. Para Sérgio Ricardo, da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, texto é caminho para conferência "Rio menos 20".

Rio de Janeiro - Em uma ação batizada Rio+Leaks, a Cúpula dos Povos, evento paralelo a Rio + 20 que acontecerá entre 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, divulgou a mais recente versão do documento que servirá de base para as discussões da conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, que será realizada de 13 a 22 de junho no Riocentro. O “rascunho zero” é distribuído apenas internamente na ONU e deve sofrer mais uma revisão até chegar ao Rio.

A atual versão do texto é um calhamaço de 80 páginas, intitulado “o Futuro que Queremos” e dividido em seis seções: Visão Comum, Renovando Compromissos Políticos, Economia Verde no Contexto do Desenvolvimento Sustentável e da Erradicação da Pobreza, Moldura Institucional para o Desenvolvimento Sustentável, Moldura para Ação e Acompanhamento, e, finalmente, Formas de Implementação. Cada seção desmembra-se em até 17 itens e 21 subitens, acomodando, por exemplo, temas como “florestas” e “químicos e desperdícios” dentro da seção Moldura para Ação e Acompanhamento.

Tanto Iara Pietricovsky, antropóloga e ambientalista que participará da Rio+20 e da Cúpula dos Povos; como Sergio Ricardo, ecologista da Rede Brasileira de Justiça Ambiental, leram e reprovaram o pré-documento. A antropóloga vê uma linguagem preparada para “uma consolidação de uma tendência mais privatista do sistema global”. Por sua vez, Ricardo avalia o texto como o caminho para carimbar a conferência como “Rio menos 20”. “A crise ecológica se aprofundou da Eco 92 para cá. O planeta perdeu muito nesses 20 anos, e isso não consta do documento. Ele deveria partir de um balanço do que aconteceu. É uma omissão!”, diz.

Nuances perigosas
Segundo Iara, com a linguagem do texto aliviada em relação à Eco 92 e a rascunhos anteriores da Rio + 20, ao invés de “os países têm que realizar” entra “os países reconhecem a importância”, tirando a obrigação dos estados e estendendo tapetes vermelhos para o setor privado através de parcerias. A ambientalista aponta o conteúdo do item C, “Englobando Grupos de Discussão e Outros Conjuntos de Interessados”, da segunda seção, “Renovando Compromissos Políticos”, como um dos exemplos mais explícitos da substituição dos direitos consignados pela maioria dos países para os novos arranjos que desembocarão em vantagens comerciais de apenas alguns atores.

Ela cita o trecho “nós encorajamos novas parcerias público-privada para mobilizarmos significativos fundos para complementação de políticas”, ou ainda, “o governo deve dar suporte as iniciativas que promovem e contribuem para o setor privado”, como “pérolas” do novo rascunho.

Diferenciações
Iara também realça a quase supressão das Responsabilidades Iguais Porém Diferenciadas (CBDR, em inglês), uma das bandeiras da Cúpula dos Povos, nas seções “Moldura para Ação e Implementação” e “Formas de Implementação” do desenvolvimento sustentável. “Isso é um princípio que saiu da Eco 92 que é fundamental para que a mensuração e a mudança de paradigma se faça, em especial, nos países ricos. Esse é um princípio que vai dar as diferentes responsabilidades que os países têm no processo. Porque uns têm que fazer muito mais que outros. E se isso não se coloca, essa conta não vai ficar para os países ricos, ainda mais por causa da crise que eles estão passando”, afirma.

Pontos positivos
Para Iara, alguns pontos positivos do texto estão mantidos porque existe grande intervenção dos movimentos sociais. Ela cita “Igualdade de Gêneros e Fortalecimento das Mulheres”, subitem da seção cinco, como um deles. “A questão do direito sexual e reprodutivo das mulheres está com uma linguagem mais própria, porque eles falam ‘no direito reprodutivo’, eles não usam a linguagem ‘do direito reprodutivo’, que é completamente diferente”.

Na visão de Sergio Ricardo, o que acontecerá de positivo é a capacidade de mobilização internacional que a Cúpula dos Povos, mais que a Rio+20, está angariando. Assim, de acordo com o ecologista, “a perspectiva da mobilização é muito forte. A metodologia de convergência valoriza a diversidade dos grupos, mas ao mesmo tempo é propositiva. Muitas propostas e experiências serão apresentadas mostrando que é possível construir uma economia ecológica. Uma economia que seja distributiva, solidária, descentralizada e respeitando a diversidade e territórios dos povos”.

 Rodrigo Otávio

Chamado Ecumênico à Paz Justa

Durante o período de 28 a 03 de junho de 2012 será promovida a Semana Mundial pela Paz na Palestina e israel pelo EAPPI - Programa de Acompanhamento Ecumênico na Palestina e Israel e pelo Fórum Ecumênico Palestina Israel, ambos do Conselho Mundial de Igrejas. No Brasil o Comitê Nacional do EAPPI é coordenado pelo CLAI.
Somos desafiados, pessoas, igrejas e entidades ecumênicas a promover e realizar celebrações durante essa semana em união a essa ação solidária em prol da paz entre a Palestina e Israel. O CLAI está propondo que no dia 03 de junho, domingo, todos e todas possam no horário regular de celebração de suas comunidades locais estarem unidos e unidas em oração por esta causa.

Semana Mundial pela Paz na Palestina e Israel
É uma ação conjunta das igrejas e organizações da sociedade civil durante uma semana de oração, educação e sensibilização pela paz justa na Palestina e Israel. Congregações e pessoas que compartilham a esperança de justiça na região estão convidadas a realizar juntas ações pacíficas e a criar um testemunho público internacional comum.
Durante a Semana Mundial pela Paz na Palestina e Israel as igrejas de diferentes países enviarão um sinal claro aos responsáveis das políticas, ao público interessado a respeito da necessidade urgente de um acordo de paz que garanta os direitos legítimos e o futuro de ambos os povos. Pede-se as pessoas participantes que planejem suas atividades em torno de três eixos:
1. Orar com as igrejas que vivem sob ocupação.
2. Educar sobre ações que contribuem para a paz e sobre os fatos reais que se opõem a ela, especialmente os assentamentos no território ocupado.
3. Sensibilizar os líderes políticos, a fim de que utilizem políticas que promovam a paz com justiça.
A Semana Mundial pela Paz na Palestina e Israel é um desafio do Fórum Ecumênico Palestina/Israel, do Conselho Mundial de Igrejas. No Brasil, diferentes organizações e lideranças cristãs reuniram-se para promover esta mobilização para que uma paz justa se estabeleça na região.
Veja abaixo as organizações que estão envolvidas com a promoção da Semana:

CLAI Brasil, Editora Novos Diálogos, Rede FALE, Koinonia, Aliança de Batistas do Brasil, Fraternidade Teológica Latino-americana-Região Nordeste, Rede Ecumênica de Juventude-REJU, Evangélicos pela Justiça, Aliança de Negras e Negros do Brasil-ANNEB, ONG Eu Tenho uma Missão, Faculdade de Teologia da Igreja Metodista/UMESP.
Reforçamos  a sugestão: promova uma celebração, culto, conforme a liturgia sugerida. A proposta é que estejamos juntos e juntas no dia 03/06 orando para pela entre palestina e Israel no dia 03 de junho (primeiro domingo do mês).
Oremos pela "Paz Justa entre Palestina e Israel". 

MP sobre novo Código Florestal defende ‘uso sustentável’ das florestas

Dilma
Presidenta afirma que texto não indica com precisão os parâmetros que norteiam a interpretação e aplicação da lei
A medida provisória publicada pelo governo nesta segunda-feira para preencher lacunas do Código Florestal estabelece o foco da legislação “na proteção e uso sustentável” de florestas, promovendo o desenvolvimento econômico, segundo publicação no Diário Oficial da União, que trouxe ainda detalhamento dos 12 vetos à lei aprovada no Congresso.
A MP retoma a essência do primeiro artigo do texto produzido pelos senadores no fim do ano passado e “estabelece normas gerais com o fundamento central da proteção e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa em harmonia com a promoção do desenvolvimento econômico”, segundo texto publicado nesta segunda.
A presidenta Dilma Rousseff vetou a versão mais genérica dos deputados para o primeiro artigo do código, o que pode causar problemas com a bancada ruralista na Câmara dos Deputados. A Casa aprovou em abril o texto final, que foi sancionado na sexta-feira pela presidenta.
Na justificativa do veto publicada nesta segunda, Dilma argumenta que o texto enviado pela Câmara “não indica com precisão os parâmetros que norteiam a interpretação e a aplicação da lei”.
Quando o código foi votado na Câmara, deputados ligados ao agronegócio rejeitaram a redação feita por senadores para o artigo, por acreditarem que o dispositivo poderia gerar interpretações judiciais desfavoráveis aos produtores.
A MP publicada nesta segunda-feira também estabelece as definições de reflorestamento em beiras de rios, levando em conta o tamanho da propriedade e a largura do curso d’água.
O texto enviado pelo Congresso ao Planalto deixava em aberto as exigências de recuperação da vegetação nas margens de rios com mais de 10 metros de largura e foi vetado pela presidenta.
Dilma também retirou do texto ponto que trata da obrigação de empresas responsáveis por serviços de abastecimento de água e geração de energia elétrica de investir na recuperação, preservação e manutenção de Área de Preservação Permanente (APP) em toda a extensão das bacias hidrográficas em que atuam.
As APPs são regiões a serem protegidas em encostas, beiras de rios e topos de morros, com a função de preservar recursos hídricos, estabilidade geológica e biodiversidade, entre outros.
No despacho publicado nesta segunda, a presidente considera que a imposição a essas empresas concessionárias é “desproporcional” e “desarrazoada”, principalmente por conta do tamanho das bacias hidrográficas brasileiras.
- A manutenção do dispositivo contraria o interesse público, uma vez que ocasionaria um enorme custo adicional às atividades de abastecimento de água e geração de energia elétrica no País – justificou.
A MP estabelece, no entanto, que ao instalar reservatórios artificiais para abastecimento de água e geração de energia, as empresas continuam sujeitas a licenciamento ambiental e devem respeitar a faixa mínima de 30 metros de APP, nas áreas rurais, e de 15 metros, nas áreas urbanas.
Dilma também vetou o ponto que trata da definição do regime de pousio -área da propriedade que tem suas atividades interrompidas para recuperação do solo. A MP publicada nesta segunda limita o pousio a 25% da área produtiva da propriedade por um período máximo de 5 anos.
A medida também dispensa a exigência de APPs em torno de acumulações de água com superfície menor do que 1 hectare.
Outro ponto vetado permitia que órgãos municipais autorizassem supressão de vegetação em florestas públicas e unidades de conservação em poder do município.
O governo já havia anunciado na sexta-feira o veto da presidenta a 12 dispositivos da nova lei ambiental, sem, no entanto, detalhar todos os trechos suprimidos, gerando um clima de incerteza sobre o conteúdo completo dos vetos e da MP.
Ao ser encaminhada ao Congresso, a medida provisória deve primeiro ser submetida à análise de uma Comissão Mista, formada por senadores e deputados. Depois, segue ao plenário da Câmara. Uma vez votada, é encaminhada ao Senado, mas se for modificada deve voltar aos deputados, que darão a palavra final sobre a matéria.
Com relação aos vetos da presidente, os parlamentares podem derrubá-los, mas para isso é necessário que o presidente do Congresso coloque o texto em votação em uma sessão mista e que a maioria absoluta dos deputados (257 votos) e dos senadores (41 votos) se posicione contra o veto.

Veto parcial do Código Florestal desagrada ambientalistas


Medidas do governo visam a retirar mudanças feitas pela Câmara dos Deputados no projeto aprovado pelo Senado no final de 2011. O Comitê Brasil em Defesa das Florestas, que reúne cerca de 200 entidades e reivindicava o veto total, definiu o anúncio como "preocupante, frustrante e pouco transparente". O conhecimento preciso dos 12 vetos acontecerá somente com a publicação do Diário Oficial da União da próxima segunda-feira

Brasília - O governo federal promoverá 12 vetos e 32 modificações no Projeto de Lei que altera o Código Florestal, aprovado pelo Congresso Nacional. O anúncio foi feito pelos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e pelo advogado Geral da União, Luís Inácio Adams, na tarde desta sexta-feira (25).

De acordo com a ministra Izabella Teixeira, a decisão pelos vetos e modificações está baseada em três diretrizes: recompor o texto que foi aprovado pelo Senado, preservar acordos e respeitar o Congresso Nacional.

Os representantes do governo, entretanto, explicaram apenas parte das mudanças. O conhecimento preciso dos 12 vetos acontecerá somente com a publicação do Diário Oficial da União da próxima segunda-feira (28), no qual também constará a medida provisória elaborada pelo Executivo com as 32 modificações.

Segundo o governo, os vetos e modificações trarão de volta as regras para recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) de margens de rios - que variam de 5 a 100 metros de acordo com o tamanho da propriedade e da largura do rio; o artigo 1º sobre princípios do Código Florestal, que o configura como lei ambiental – comprometendo o Brasil com a preservação da biodiversidade e do sistema climático, por exemplo; a necessidade de registro das propriedades no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para recebimento de créditos públicos; as regras de proteção de nascentes, veredas, áreas úmidas, topo de morro, manguezais e encostas, além da retomada do conceito de pousio – período para recuperação do solo.

Críticas
Em nota, as cerca de 200 organizações que compõem o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável - que defendia o veto integral do projeto -, classificaram as medidas do governo como preocupantes, frustrantes e pouco transparentes. O Comitê é integrado por entidades como a CNBB, CUT, OAB, Via Campesina e as ONGs Greenpeace, WWF Brasil, Instituto Socioambiental (ISA).

O Comitê entende que o projeto do Senado mantém, ainda, que, de forma mais branda do que o da Câmara, a anistia a desmatadores “como eixo central do texto, visto que, a data de 2008 como linha de corte para manutenção de áreas desmatadas ilegalmente continua”. Esta é uma das razões da ineficácia do veto parcial, explica Raul do Valle, coordenador do ISA:

“No geral continua sendo um texto que beneficia muito mais quem desmatou, não trazendo nenhum incentivo ou reconhecimento para quem conservou. Boa parte das anistias se mantém intocadas. Anistia quem desmatou topo ou encosta de morro. Quem desmatou reserva legal até 2008 em propriedade de até quatro módulos não vai ter que recuperar. Isso significa mais de 90% dos imóveis no Brasil e ainda há uma possibilidade de fraude gigantesca.”

Do Valle aponta que é comum que imóveis rurais estejam registrados com mais de uma matrícula, fracionando grandes propriedades em menos de quatro módulos. Para evitar esta fraude, organizações que compõe o Comitê sugeriram que o Código condicionasse os benefícios dados aos pequenos aos agricultores familiares, cujo conceito é definido pela Lei 11.326.

A anistia só foi reduzida, de acordo com o coordenador do ISA, no caso das APPs em margens de rio. “Só que isso vai ser reposto por meio de medida provisória que vai tramitar na Câmara, dominada pela bancada ruralista, que por mais de uma vez já aprovou o projeto de anistia geral e irrestrita. Então, não tem nenhuma garantia que isso vá permanecer”, ressaltou.


Fotos: O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e o ministro da Agriculltura, Mendes Ribeiro, anunciam veto em 12 itens e 32 modificações no texto do Código Florestal, feitos pela presidenta Dilma Rousseff (José Cruz/ABr)

 Vinicius Mansur

Deputados começam a decidir diretrizes da educação para a próxima década nesta terça-feira

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Educação
Campanha terá movimento no Twitter para tentar pressionar parlamentares a votarem em favor dos 10% do PIB voltados para educação
As diretrizes para a educação brasileira na próxima década começaram a ser definidas nesta terça-feira com a votação do Plano Nacional de Educação (PL 8035) na comissão especial que analisa a proposta, na Câmara dos Deputados. O ponto mais polêmico do texto é a meta de financiamento do setor, que divide não só governo e oposição, mas também parlamentares da base aliada.
Deputados e integrantes de movimentos sociais reivindicam 10% do Produto Interno Bruto para o setor, mas o governo propõe ampliar os atuais 5% do PIB que União, estados e municípios aplicam na área, para 7%. Já o relator do projeto Angelo Vanhoni (PT-PR) defende o aumento para 7,5%.
Se aprovada pela comissão especial, a proposta, que tramita de forma conclusiva, segue diretamente ao Senado, mas as divergências podem levar o debate ao Plenário da Câmara. Para isso, basta que 52 deputados assinem um recurso.
Segundo o presidente da comissão, deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) já existe um documento com esse objetivo que reúne cerca de 280 assinaturas. A apresentação do recurso depende, portanto, do resultado da votação no colegiado.
Financiamento
Segundo Coimbra, a polêmica em torno do percentual do PIB a ser aplicado na educação passa por aspectos técnicos e políticos. Por um lado, representantes de movimentos ligados ao setor acreditam que o valor de 7,5% propostos pelo governo não dará conta das metas previstas no PNE. O plano prevê a ampliação do atendimento em todos os níveis de ensino e a oferta de serviços complementares, como a ampliação da jornada de ensino dos estudantes de nível fundamental. O PNE determina ainda a ampliação do salário dos professores e a melhoria da infraestrutura das escolas.
No aspecto político, Coimbra afirma que a saída para o impasse em torno da percentagem do PIB para área, seria a aprovação dos 7,5% este ano e a revisão do PNE nos próximos anos pelo Congresso. ““Dessa forma, o valor seria revisto de maneira realista, com base no desempenho da economia brasileira ao longo do tempo”, argumenta.
Mais polêmicas
Outro tema polêmico é a inclusão do piso salarial dos professores na proposta. O texto inicial previa a aproximação do rendimento do magistério ao salário de outros profissionais de nível de escolaridade equivalente. O relatório de Vanhoni garante a equiparação desses rendimentos até o final da vigência do PNE, mas deputados ligados ao setor querem a garantia de pagamento do piso salarial nacional da categoria, hoje fixado em R$ 1.451 por 40 horas semanais – entre na nova lei.
Apesar de ter sido aprovado pelo Congresso e confirmado em decisão do Supremo Tribunal Federal, a maioria dos estados e municípios alegam que não têm recursos para cumprir a regra. A lei do piso (11.738/08) prevê a complementação dos recursos pela União, caso estados e municípios comprovem que não têm condições de arcar com a despesa. No entanto, prefeitos e governadores reclamam da burocracia para conseguir os recursos. Uma parte dos deputados pedem a inclusão na lei do PNE do compromisso de complementação de verbas pela União.
Lelo Coimbra também prevê divergências em relação às regras para eleição de diretores nas escolas. A comissão deve debater os critérios para que os candidatos ao cargo possam se inscrever, entre eles, escolaridade mínima e qualificação

Alimentos envenenam crianças

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Publicidades de alimentos não saudáveis são os que mais influenciam a má educação alimentar das crianças
- As crianças de todas as regiões das Américas estão sujeitas à publicidade invasiva e implacável de alimentos de baixo ou nenhum valor nutricional, ricos em gordura, açúcar ou sal – constata pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (2012).
Basta olhar em volta para verificar que nossas crianças (com menos de 16 anos de idade) apresentam elevada taxa de obesidade e doenças crônicas relacionadas à nutrição, como diabetes e distúrbios cardiovasculares.
Um dos fatores que mais influenciam maus hábitos alimentares nesta faixa etária é a publicidade de produtos de baixo valor nutritivo, como cereais matinais já adoçados, refrigerantes, doces, sorvetes, salgadinhos e fast food. Eles “enchem” a barriga, trazem sensação de saciedade sem, no entanto, suprir as necessidades nutricionais básicas.
Resolução da Organização Mundial da Saúde, de maio de 2010, instou os governos a se esforçarem por restringir a promoção e a publicidade de alimentos para crianças.
O mais poderoso veículo de promoção de alimentos nocivos é a TV. Expostas excessivamente a ela, as crianças tendem a querer consumir as marcas ali anunciadas. Em geral, a propaganda cria vínculos emocionais entre o produto e o consumidor, e envolve brindes, concursos e competições.
Sob o pretexto de atividades filantrópicas nas escolas, empresas de alimentos não saudáveis aumentam seu poder de domesticação. Pesquisas brasileiras indicam que assistir TV por mais de duas horas por dia influi no aumento do índice de massa corporal em meninos.
Relatório de agência de pesquisa de mercado aponta que, no Brasil, na Argentina e no México, 75% das mães com filhos de 3 a 9 anos acreditam que a publicidade influencia os pedidos das crianças na compra de alimentos (no Brasil, 83%).
No Reino Unido, é proibida na TV a publicidade de alimentos não saudáveis. A Irlanda limita a presença de celebridades nesses anúncios e exige o uso de advertências. A Espanha desenvolveu um código autorregulatório e restringe o uso de celebridades e a distribuição de produtos no mercado.
Segundo relatório do Ministério da Saúde (2008), durante um ano, no Brasil, mais de 4 mil comerciais de alimentos foram veiculados na TV e em revistas, dos quais 72% referiam-se a alimentos não saudáveis.
No Brasil, regulamentação vigente obriga colocar advertências nos comerciais de alimentos, embora a Abia, principal associação da indústria de alimentação do país, se recuse a fazê-lo. Ela obteve liminar garantindo a não aplicação das novas regras e a decisão final depende agora da Justiça.
É preciso, pois, que famílias e escolas se dediquem à educação nutricional das crianças. Peças publicitárias devem ser projetadas em salas de aula e debatidas. Cria-se, assim, distanciamento crítico frente ao produto e melhor discernimento por parte dos consumidores.
Em São Paulo, alunos projetaram em sala de aula propagandas gravadas em casa. Após debaterem as peças publicitárias, decidiram adquirir determinada marca de iogurte. Remetido o conteúdo à análise clínica, constatou-se não conferir com as indicações contidas na embalagem. Assim, os alunos aprenderam o que significa propaganda enganosa.
A Organização Pan-Americana da Saúde recomenda que sejam anunciados, sem restrição, os alimentos naturais, aqueles nos quais não há adição de adoçantes, açúcar, sal ou gordura. São eles: frutas, legumes, grãos integrais, laticínios sem gordura ou com baixo teor, peixes, carnes, ovos, frutas secas, sementes e favas. No caso de bebidas, água potável.
Eis o dilema: enquanto famílias e escolas querem formar cidadãos, a publicidade investe na ampliação do consumismo. A ponto de, no Brasil, se admitir o uso de celebridades, como atletas, na propaganda de alimentos não saudáveis e obviamente nocivos, como bebidas alcoólicas.
É preocupante constatar que, em nosso país, o alcoolismo se inicia por volta dos 12 anos, e aumenta a ingestão de vodca na faixa etária inferior a 16 anos.
A fiscalização em bares e restaurantes é precária, e padarias e supermercados vendem, quase sem restrição, bebidas alcoólicas a menores de idade.
Mas, o que esperar de uma família ou escola que oferece na mesa e na cantina os mesmos produtos nocivos vendidos pelo camelô da esquina?
Essa é a crônica de graves enfermidades anunciadas.
Frei Betto

Manifesto pede a destituição de André Prieto do cargo




O defensor público-geral André Prieto, afastado do cargo por 120 dias pelo Tribunal de Justiça

Após ser afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça por 120 dias, o defensor público-geral do Estado André Prieto pode sofrer um novo revés. Está em curso um manifesto em favor de sua destituição do cargo, já assinado por dezenas de defensores e entidades sociais.

Prieto responde a quatro ações civis públicas por ato de improbidade administrativa e duas penais, todas propostas pelo Ministério Público Estadual.

O documento será entregue ao governador Silval Barbosa (PMDB) e aos deputados estaduais – já que é o Parlamento que tem a prerrogativa primeira de autorizar sua destituição.

“Por não haver outro caminho a salvaguardar definitiva e prontamente os interesses públicos primários do povo mato-grossense, e preservar o patrimônio público e a imagem da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, nós, a seguir assinados, vimos à respeitável presença de Vossa Excelência, Senhor Governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, manifestar publicamente em favor da imediata destituição do Senhor André Luiz Prieto do cargo de Defensor Público-Geral do Estado de Mato Grosso”, diz trecho do documento (leia a íntegra abaixo).

Entre os nove defensores do Conselho Superior da Defensoria Pública em exercício, sete já assinaram o documento. Também assinaram o corregedor-geral, o primeiro subcorregedor-geral, a segunda subcorregedora-geral e o ouvidor-geral da Defensoria Pública de Mato Grosso.

O presidente do Sindicato dos Defensores Públicos do Estado (SINDEP), entidade que representa mais de setenta defensores, também aderiu ao movimento, assim como cerca de trinta entidades da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, o Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso, o Centro Nacional de Cidadania Negra e as Comunidades Eclesiais de Base (CEB'S) - Arquidiocese de Cuiabá.

Entidades que já aderiram ao manifesto:

1. Centro Burnier de Fé e Justiça;

2. Centro de Direitos Humanos Dom Máximo Biennés de Cáceres;

3. Centro de Direitos Humanos Henrique Trindade;

4. Centro Nacional de Cidadania Negra - CENEG - Regional Mato Grosso;

5. Colégio Nacional das Corregedorias-Gerais das Defensorias Públicas dos Estados e do Distrito Federal;

6. Comissão Pastoral da Terra de Mato Grosso - CPT/MT;

7. Comunidades Eclesiais de Base (CEB'S) - Arquidiocese de Cuiabá/MT;

8. Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial-CEPIR-MT

9. Conselho Indigenista Missionário Regional de Mato Grosso;

10. Conselho Nacional do Laicato do Brasil – MT;

11. Coordenadoria de Campanha de Pevenção e Combate ao Trabalho Escravo em Mato Grosso;

12. Escritório de Direito Humano da Prelazia de São Félix do Araguaia;

13. Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso;

14. Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento – FORMAD;

15. Fórum Permanente pela Paz;

16. Grupo de Trabalho de Mobilização Social - GMTS;

17. Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte da UFMT (GPEA - UFMT);

18. Instituto Caracol – IC;

19. Instituto Humano Raça Feminina – INHURAFÊ;

20. Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE;

21. Movimento Organizado Pela Moralidade Pública e Cidadania – ONG Moral;

22. Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Ceará;

23. Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul;

24. Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso - OAB/MT;

25. Rede Axe Dudu;

26. Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental – REMTEA;

27. Sindicato dos Defensores Públicos do Estado de Mato Grosso - SINDEP/MT.

Veja a íntegra do documento:

MANIFESTO AO GOVERNADOR E AOS DEPUTADOS ESTADUAIS
PELA DESTITUIÇÃO DO SENHOR ANDRÉ LUIZ PRIETO
DO CARGO DE DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO

Na total contramão do interesse público primário da sociedade mato-grossense e do movimento nacional de expansão da Defensoria Pública brasileira, e apesar do orçamento da Defensoria Pública de Mato Grosso ter aumentado de 2010 para 2011 em mais de 10% (de 48 para 54 milhões de reais), houve um inconcebível plano de interrupção de seus serviços em 22 (vinte e duas) Comarcas do interior (doc. 01), aniquilando os direitos fundamentais e humanos de assistência jurídica e acesso à justiça de milhares de mato-grossenses.

Para se ter um panorama mais exato do impacto social causado, vejam quais foram as Comarcas onde as pessoas consideradas necessitadas nos termos da lei tiveram o sagrado direito a se ter direitos usurpado: Apiacás, Arenápolis, Aripuanã, Brasnorte, Campinápolis, Cláudia, Colniza, Cotriguaçu, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Itaúba, Jauru, Marcelândia, Nortelândia, Nova Monte Verde, Porto Alegre do Norte, Porto Esperidião, São Félix do Araguaia, São José do Rio Claro, Tabaporã, Terra Nova do Norte e Vila Rica. A partir disso, Mato Grosso passou a ter duas categorias de cidadãos - cidadãos com direitos e cidadãos sem direitos -, configurando uma discriminatória “apartheid” social.

Para maior perplexidade de todos, em que pese ter ocorrido mais um incremento orçamentário de 2011 para 2012, de aproximadamente 15% (de 54 para 62 milhões de reais), no orçamento da Defensoria Pública de Mato Grosso, o Defensor Público-Geral, incompreensivelmente, declarou que: “sem meta de expansão, 2012 será para quebrar galho” (doc. 02).

Entretanto, tudo passa a fazer sentido quando se leva em consideração o fato de que várias despesas ordenadas pelo atual Defensor Público-Geral (com combustível, baile de gala, produtora de vídeo, viagens de avião, locação de veículos, material gráfico etc.), encontram-se carimbadas e maculadas por robustas e claras evidências da nefasta prática de corrupção administrativa e financeira, mediante a constatação de fraudes, superfaturamentos, direcionamentos etc..

Não bastasse isso, ainda há que se registrar outro caso emblemático, qual seja: a apropriação indébita do veículo (Corsa Classic, placa KAI-5002) da Associação Mato-grossense dos Defensores Públicos (AMDEP), cometida pelo Defensor Público André Luiz Prieto quando a presidia. Isso porque, apesar de nunca ter sido proprietário do carro em questão e de não ter obtida qualquer autorização prévia da Diretoria ou da Assembleia-Geral da AMDEP, o Senhor André Luiz Prieto dispôs do bem como se fosse seu, vendendo-o e se adonando do recurso financeiro auferido, sendo que, lamentavelmente, somente repassou o valor para o caixa da AMDEP após ter sido descoberto e prontamente cobrado.

Acerca disso, afora o incontroverso fato em si, é no mínimo curiosa a circunstância de o Senhor André Luiz Prieto ter alienado o veículo da AMDEP para o Senhor Célio Gomes de Souza, que, além de ser seu cunhado, era seu subordinado como funcionário da AMDEP à época do evento.

Quanto aos fatos em questão, a sociedade civil já manifestou reiteradas vezes toda sua indignação e reprovação, a exemplo das denúncias apresentadas e da Moção de Repúdio proposta pela ONG MORAL e aprovada pelos delegados da 1ª Conferência de Transparência e Controle Social de Mato Grosso (doc. 04), que foi encaminhada para a 1ª Conferência Nacional de Transparência e Controle Social realizada em Brasília/DF; bem como da Carta Aberta lançada por 50 (cinquenta) entidades da sociedade civil organizada, encabeçada pelo Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso (doc. 05). Em suma, tais documentos protestam por imediatas e legítimas providências das autoridades constituídas do Estado, em defesa da reabertura dos Núcleos arbitrariamente fechados no interior, através da nomeação de novos defensores públicos; e da preservação do patrimônio da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso que vem sendo dilapidado.

Além disso, não se pode perder de vista as inúmeras matérias veiculadas pela imprensa regional, trazendo à luz todos os episódios relatados aqui e informando a população mato-grossense sobre os respectivos assuntos (doc. 06), que hoje já são conhecidos nacionalmente.

Assim, nada mais fazendo do que cumprindo com seus deveres constitucionais e legais de ofício, a Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso pediu providências ao Ministério Público, ante o comportamento impróprio do Defensor Público-Geral de ter sonegado informações públicas e por ter usurpado a competência do Conselho Superior para apreciar e deliberar sobre o plano anual de atuação da Instituição (doc. 07); a Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso sugeriu a abertura de oito processos administrativos disciplinares e o afastamento cautelar do Defensor Público-Geral de suas funções (doc. 08); o Ministério Público do Estado de Mato Grosso requereu a condenação do Defensor Público-Geral por improbidade administrativa e peculato (doc. 09), além de ter instaurado vários inquéritos administrativos (doc. 10); o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso apontou mais de cinquenta irregularidades nas contas de gestão, do exercício de 2011, da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, entre elas a de sonegação de documentos (doc. 11); e o Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso determinou o afastamento do Defensor Público-Geral de suas funções (doc. 12) e confirmou o afastamento (doc. 13).

Com relação ao provimento judicial que determinou o afastamento do Senhor André Luiz Prieto do exercício das funções do cargo de Defensor Público-Geral do Estado de Mato Grosso, é louvável a atitude do atual presidente da AMDEP, Defensor Público Munir Arfox, por não ter titubeado em se posicionar favoravelmente ao respectivo afastamento, a bem da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (doc. 14);

Contudo, mesmo depois de tomar conhecimento formal da decisão que determinou seu afastamento das funções de Defensor Público-Geral, na oportunidade em que impetrou mandado de segurança para tentar revertê-la - 19/05/2012 – (doc. 15), o Senhor André Luiz Prieto continuou a praticar atos de gestão administrativa, inclusive, exonerando e nomeando servidores na data de 22 de maio do corrente ano (doc. 16).

Na verdade, como é de conhecimento público, o Senhor André Luiz Prieto incorreu várias vezes em total desrespeito às autoridades constituídas do Estado de Mato Grosso, tanto da Defensoria Pública quanto de outras Instituições, se dirigido a elas com ameaças infundadas e vocabulário agressivo, bem como afirmando que não precisava prestar satisfações (doc. 17).

Assim, considerando a gravidade dos atos atribuídos ao Defensor Público-Geral de Mato Grosso, André Luiz Prieto, cujas apurações vêm sendo promovidas por órgãos do Ministério Público Estadual e Federal, resultando na propositura de diversas ações civis de improbidade e criminal, que revelam o comprometimento dos deveres inerentes ao cargo, acarretando notórios prejuízos ao funcionamento da Instituição, causadores de profundos danos à imagem e ao prestígio das Defensorias Públicas do Brasil, os Excelentíssimos Senhores Corregedores-Gerais das Defensorias Públicas Estaduais e do Distrito Federal – CNCG – DPE/DF, reunidos na IV REUNIÃO ORDINÁRIA, em Belém/PA, nos dias 24 e 25 de maio de 2012, deliberaram, à unanimidade, conferir total apoio às medidas que se fazem necessárias ao afastamento em definitivo do aludido dirigente das funções de Chefia da Instituição, como medida imprescindível para a preservação da dignidade da nobre missão de assegurar assistência jurídica de qualidade, pautada na ética e na moralidade (doc. 18).

Portanto, por não haver outro caminho a salvaguardar definitiva e prontamente os interesses públicos primários do povo mato-grossense e preservar o patrimônio público e a imagem da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, nós, a seguir assinados, vimos à respeitável presença de Vossa Excelência, Senhor Governador do Estado de Mato Grosso, Silval da Cunha Barbosa, manifestar publicamente em favor da imediata destituição do Senhor André Luiz Prieto do cargo de Defensor Público-Geral do Estado de Mato Grosso, depois de autorizada pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, nos termos do inciso XXII do artigo 26 da Constituição Estadual .

Cuiabá, 28 de maio de 2012.

Veja o rol de documentos que faz parte do manifesto:

01 Certidão da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, relacionando os Núcleos que foram fechados no ano de 2011;

02 Matéria veiculada no site da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (Sem meta de expansão, 2012 será para “quebrar galho”);

03 Relatório do Pedido de Explicação da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso nº 107163/2012;

04 Moção de Repúdio proposta pela ONG MORAL e aprovada na 1ª Conferência de Transparência e Controle Social de Mato Grosso;

05 Carta Aberta assinada por cinqüenta entidades da sociedade civil, entre elas, o Fórum de Direitos Humanos e da Terra de Mato Grosso;

06 Matérias jornalísticas;

07 Ofício nº 063/2012 – OGDP/MT, comunicando fatos e pedindo providências ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso;

08 Relatório do Pedido de Explicação da Corregedoria-Geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso nº 616110/2011;

09 Ações promovidas pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso

10 Inquéritos administrativos instaurados pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso;

11 Relatório Técnico do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, acerca das contas de gestão do exercício 2011;

12 Decisão do Tribunal de Justiça determinando o afastamento do Senhor André Luiz Prieto do exercício das funções de Defensor Público-Geral do Estado de Mato Grosso;

13 Decisão do Tribunal de Justiça que confirmou o afastamento do Senhor André Luiz Prieto do exercício das funções de Defensor Público-Geral do Estado de Mato Grosso;

14 Boletim Informativo da AMDEP, favorável ao afastamento do Senhor André Luiz Prieto do exercício das funções de Defensor Público-Geral do Estado de Mato Grosso;

15 Extrato do Mandado de Segurança nº 51562/12;

16 Atos publicados na edição do Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, datada de 23 de maio de 2012, exonerando e nomeando servidores na Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso;

17 Matérias veiculadas na imprensa com manifestações do Senhor André Luiz Prieto em face de autoridades públicas do Estado;

18 Moção de Apoio do Colégio Nacional de Corregedores-Gerais das Defensorias Públicas Estaduais e do Distrito Federal ao afastamento definitivo do Senhor André Luiz Prieto do cargo de Defensor Público-Geral do Estado de Mato Grosso.

CEBs Diocese de Viana - MA

Santa Inês sediou Assembléia Diocesana de CEBs

 
Aconteceu no último final de semana, com início no dia 25 e encerramento no dia 27, a Assembléia Diocesana de CEBs (Comunidades Eclesiais de Base). O encontro foi realizado no Sítio dos Padres, Bairro Jardim Brasília, em Santa Inês, onde foram trabalhados diversos temas.
 
Padre José Maria, da Paróquia Santo Antonio, mostrou como se faz uma análise de conjuntura e apresentou também uma análise de conjuntura do Maranhão feita para mostrar as realidades sócio-econômicas, políticas e social do Maranhão nesses últimos anos, destacando a ausência de politicas públicas, entre outros.
 
Padre Gabriel Marchesi fez um estudo sobre o documento Lumen Gentio do Concílio Vaticano II e o documento de Aparecida enfatizando o papel do leigo na vida da Igreja, missão e na sociedade.
 
Padre Nilton Lima, da Paróquia Santo Antonio; padre José Ângelo Figueira, da Paróquia Santa Inês; Irmã Cristina, da equipe diocesana, ficaram encarregados de organizar os trabalhos na Diocese, mostraram os encaminhamentos e pediram o engajamento das CEBs para a realização dos mesmos.
 
A Assembleia Diocesana contou também com a participação do bispo Dom Sebastião, da Diocese de Viana.
 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Um discípulo da realidade


Na visão de Luiz Carlos Susin, João Batista Libânio não foi propriamente um especialista e nem um generalista, mas um articulador atento e bem fundamentado da teologia com a pastoral


“Libânio diz tudo o que se deve dizer, mas de forma mineiríssima: fortiter et suaviter, forte nas análises, nos conteúdos, e suave no bom humor, na leveza de sua própria personalidade”. É desta maneira que Luiz Carlos Susin descreve João Batista Libânio. Ao enquadrá-lo como “um dos ‘fathers’ da Teologia da Libertação”, Susin considera que “antes de ensinar libertação, Libânio é eclesialmente livre, sem fanatismo, bom de conversa com todo mundo. Isso ajuda muito na caminhada eclesial”. Na entrevista que concedeu por e-mail à IHU On-Line, frei Susin destaca que “um dos elementos que mais encanta em Libânio é a forma literária em que recria os temas que aborda, sempre exuberante em imagens, sobretudo quando faz o que mais gosta, a comunicação oral”.

Luiz Carlos Susin é frei capuchinho, mestre e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Leciona na PUCRS e na Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana – Estef, em Porto Alegre. É também secretário-geral do Fórum Mundial de Teologia e Libertação. Dentre suas obras, destacamos Teologia para outro mundo possível (Paulinas, 2006).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Na ocasião em que celebramos os 80 anos de João Batista Libânio, qual o seu testemunho sobre a importância desse grande pensador e teólogo brasileiro?

Luiz Carlos Susin –
Permitam-me uma digressão no mar das memórias: conheci Libânio ao lado de Leonardo Boff  quando percorreram o Brasil incentivados por Dom Aloísio  para ajudar a renovação conciliar das Congregações religiosas e eram convidados para conferências públicas de grande impacto. Se Leonardo tem origens gaúchas amenizadas pela cordialidade franciscana, Libânio tem origem mineira disciplinada pela formação jesuítica. Libânio diz tudo o que se deve dizer, mas de forma mineiríssima: fortiter et suaviter, forte nas análises, nos conteúdos, e suave no bom humor, na leveza de sua própria personalidade. Ele é, desde o início, um dos nossos melhores teólogos conciliares. Ele não é um professor simplesmente, é um mestre que dá o que pensar e conta, para isso, com uma forma criativa de propor as informações e as questões. Quando escreve ou quando fala, é claro e didático, além de denso. Tem um grande sentido de interdisciplinaridade, fruto também de abundante leitura. Mas um dos elementos que mais encanta em Libânio é a forma literária em que recria os temas que aborda, sempre exuberante em imagens, sobretudo quando faz o que mais gosta, a comunicação oral.

IHU On-Line – Que inspirações teológicas e pastorais emergem de Libânio?

Luiz Carlos Susin –
Libânio escreveu em muitas direções. Soube colocar sua competência e sua capacidade de estudo a serviço de sua assessoria, tanto acadêmica como pastoral. Por isso foi tão variado, tão colorido, em suas produções. Versou sobre praticamente toda a teologia sistemática, embora a teologia fundamental tenha sido o lugar em que, ao menos me parece, ele tem dado asas ao diálogo com outras áreas do conhecimento, com autores contemporâneos. Ele tem servido a vida religiosa escrevendo para Convergência , tem servido as comunidades eclesiais de base (CEBs) com inumeráveis assessorias. Cortou o Brasil em toda direção, assim como a América Latina e o oceano para dar conta de conferências, cursos, reuniões. Portanto, Libânio não foi propriamente um especialista e nem um generalista, mas um articulador atento e bem fundamentado da teologia com a pastoral. Essa articulação, a sua metodologia, a sua atenção de mestre, valem mais do que os seus ricos conteúdos. Ele se antecipou e fez hermenêutica do tempo em muitas ocasiões, graças a esta disponibilidade e atenção que o tornou um discípulo da realidade onde se encontra o caminho da verdade e um mestre como irmão que toma pela mão ou dá um empurrãozinho para frente.

IHU On-Line – Como Libânio tem contribuído para a teologia cultivada na América Latina?

Luiz Carlos Susin –
Evidentemente, Libânio é um dos “fathers” da Teologia da Libertação . Mas dizer isso é pouco, pois quando se começa a pensar nos nomes e nos rostos dos grandes elaboradores da Teologia da Libertação, cada um emerge com idiossincrasia própria, é um conjunto tão colorido como é a América Latina. Mesmo como jesuítas, Libânio, Juan Luís Segundo  ou Sobrino  são teólogos muito diversos, apenas para citar alguns. Graças a teólogos como Libânio outros continentes começaram a olhar para a América Latina e ler seus autores como quem tem algo sério e novo para dizer. Um exemplo está em James Alison , brilhante teólogo inglês que veio estudar em Belo Horizonte para seguir de perto mestres como Libânio. Mas a originalidade da teologia elaborada em conexão com a pastoral em meios populares simples e pobres tornou-se, em Libânio, uma impressionante fidelidade revelando, assim, a coerência que é constitutiva da Teologia da Libertação: o conhecimento da realidade, a interpretação das fontes e a vida pastoral inserida em meios populares, ou seja, as mediações socioanalíticas, hermenêuticas e práticas. Isso é maciço em Libânio.

IHU On-Line – Como o senhor analisa o encontro de Libânio com a Teologia da Libertação?

Luiz Carlos Susin –
Neste ponto creio que o próprio Libânio teria ainda alguma revelação a nos dizer, mas convém acrescentar que ele trabalhou desde o começo de sua trajetória de teólogo intensamente em equipe, em troca de experiências e de ideias. A interação entre teólogos da libertação se fez comumente face a face e não apenas mediada por escritos, e Libânio participou de todo o arco de seu desenvolvimento em grande interação com os demais. Por outro lado, os alunos são sempre um aguilhão, obrigam a pensar e a comunicar, e a sala de aula foi parte essencial da casa de Libânio. Em termos de Teologia da Libertação, uma teologia que se obriga a ser profética também para dentro da Igreja, Libânio não teve maiores problemas com a hierarquia. E, no entanto, em suas análises eclesiais nunca deixou de dizer o que devia dizer ainda que fossem observações duras. Mas sempre disse de forma mineira, ou seja, afetuosamente e com a simplicidade direta dos meninos.

IHU On-Line – Qual o lugar do rosto do empobrecido em Libânio?

Luiz Carlos Susin –
De suas análises eclesiais se aprende o que sempre foi essencial para toda a Teologia da Libertação: o pobre é um lugar teológico privilegiado e um sujeito eclesial escandaloso. Como sujeito social, como cidadão, nós encontramos nas suas análises sobre a cidade o lugar doloroso dos pobres. Mas, sem dúvida, o mistério está em encontrar junto ao pobre a revelação do “Deus-conosco”, na nossa carne, identificado com os pequeninos. Esta lição é de toda a teologia latino-americana e é também de Libânio.

IHU On-Line – A partir de Libânio, que perspectivas se abrem para a caminhada eclesial latino-americana?

Luiz Carlos Susin –
Costuma-se dizer que a juventude é a idade das intuições; depois vem a idade das fundamentações, das reflexões e finalmente a idade das sistematizações. Libânio, em todo esse percurso, ensinou o quanto se ganha mantendo um pensamento flexível, disponível para muitas direções, contanto que permaneçam os pontos firmes das intuições básicas. Em termos eclesiais, seus esquemas de abordagem da realidade, sua leitura, as conclusões que provieram de suas agudas observações estão aí testemunhando uma Igreja que é possível ser samaritana, ministerial, misericordiosa, equilibrada. Antes de ensinar libertação, Libânio é eclesialmente livre, sem fanatismo, bom de conversa com todo mundo. Isso ajuda muito na caminhada eclesial.

IHU On-Line – Qual a importância do pensamento e da teologia de Libânio para o futuro da Igreja, tendo em conta a diversidade religiosa e o mundo plural?

Luiz Carlos Susin –
Uma palavra-chave da teologia de Libânio, que ressoa em cada página, é “abertura”, e isso supõe alguém que não pretende ser dono da verdade, mas se mantém despojado e humilde no caminho da verdade e, portanto, um bom companheiro para acolher e valorizar a diversidade e o pluralismo que, hoje, são palavras-chave para um mundo de maior convivência e liberdade. O sentido de humor de Libânio o deixa afinado para esta sinfonia que por está ainda em fase de afinação dos outros instrumentos.

Por: Graziela Wolfart e Luis Carlos Dalla Rosa

Um ponto de equilíbrio dentro da Teologia da Libertação


Para o teólogo e escritor Leonardo Boff, com suas obras Libânio cobriu praticamente os principais tratados da teologia. “Sempre conferiu ao seu discurso uma aura de espiritualidade. Sua fala é brilhante, comunicativa, com pitadas de fino humor”


Na visão de Leonardo Boff, que tem em João Batista Libânio um “amigo-irmão”, ele será contado como um dos “mais fecundos teólogos da Igreja pós-conciliar, com vasta obra teológica, pastoral, espiritual e intelectual. Será visto como um teólogo do equilíbrio dinâmico, do bom senso pastoral e sempre fiel a seu lar espiritual, a Ordem Jesuíta, ao sentir da Igreja latino-americana e brasileira e às buscas humanas por sentido e vida. Sua reflexão atinge o nível estrutural das questões e por isso guardará atualidade. Sempre se aprenderá com a visitação de seus escritos”. Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Boff percebe que Libânio cultivou e viveu duas grandes fidelidades: “à Igreja e ao Papa, para além de fatos lamentáveis que ocorreram. Nunca dissociou a teologia da pastoral. Por isso é um dos mais queridos assessores e assistentes eclesiais e eclesiásticos. E a outra fidelidade: sempre foi fiel à dimensão de libertação dos oprimidos, inscrevendo-se como um dos mais representativos teólogos da libertação em nível mundial”.
Leonardo Boff, filósofo, teólogo e escritor é professor emérito de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. É autor de mais de 60 livros nas áreas de teologia, espiritualidade, filosofia, antropologia e mística, entre os quais citamos Ecologia: grito da terra, grito dos pobres (São Paulo: Ática, 1990); São Francisco de Assis. Ternura e vigor (8. ed. Petrópolis: Vozes, 2000); Ética da vida (Rio de Janeiro: Sextante, 2006); e Virtudes para outro mundo possível II: convivência, respeito e tolerância (Petrópolis: Vozes, 2006).
Confira a entrevista.

IHU On-Line – Poderia falar um pouco sobre sua relação com Libânio na qualidade de companheiro de vida e de caminhada?

Leonardo Boff –
Libânio é um amigo-irmão. Começamos juntos nossa atividade teológica que já tem mais de 40 anos. Seja na Conferência dos Religiosos do Brasil, seja na Conferência dos Bispos e em incontáveis cursos e encontros no Brasil e no exterior. Tivemos a mesma formação de base, da universidade alemã e fomos inspirados por mestres comuns como Karl Rahner, Yves Congar e outros. Sempre admirei sua vasta cultura humanística e especificamente teológica. Com suas obras cobriu praticamente os principais tratados da teologia. Sempre conferiu ao seu discurso uma aura de espiritualidade. Sua fala é brilhante, comunicativa, com pitadas de fino humor.

IHU On-Line – Quais são as principais marcas de Libânio, como pessoa e pensador?

Leonardo Boff –
Como pessoa, revela-se fraterno, jovial e sempre compreensivo. É um intelectual extremamente culto e sempre atualizado nas questões filosóficas e teológicas. Sabe resumir os mais intrincados pensamentos com simplicidade, captando imediatamente o nó problemático das questões. Por sua piedade e sentido espiritual da vida mostra sinais de santidade. É um amigo-irmão que eu nunca perdi e sempre esteve ao meu lado nas minhas tribulações.

IHU On-Line – De modo geral, como o senhor analisa a trajetória teológica e eclesial de Libânio?

Leonardo Boff –
Ele cultivou e viveu duas grandes fidelidades: à Igreja e ao Papa, para além de fatos lamentáveis que ocorreram. Nunca dissociou a teologia da pastoral. Por isso é um dos mais queridos assessores e assistentes eclesiais e eclesiásticos. E a outra fidelidade: sempre foi fiel à dimensão de libertação dos oprimidos, inscrevendo-se como um dos mais representativos teólogos da libertação em nível mundial.

IHU On-Line – Qual é o lugar de João Batista Libânio na Teologia brasileira e latino-americana?

Leonardo Boff –
Cabe a Deus e à história a última palavra. Mas como antepenúltima e penúltima, cabe também uma palavra humana. Ele será contado como um dos mais fecundos teólogos da Igreja pós-conciliar, com vasta obra teológica, pastoral, espiritual e intelectual. Será visto como um teólogo do equilíbrio dinâmico, do bom senso pastoral e sempre fiel a seu lar espiritual, a Ordem Jesuíta, ao sentir da Igreja latino-americana e brasileira e às buscas humanas por sentido e vida. Sua reflexão atinge o nível estrutural das questões e por isso guardará atualidade. Sempre se aprenderá com a visitação de seus escritos.

IHU On-Line – Como a opção de Libânio pela Teologia da Libertação tem impactado na caminhada da Igreja?

Leonardo Boff –
Libânio representou um ponto de equilíbrio dentro da teologia da libertação. É a razão pela qual foi muito ouvido pelos bispos e acolhido por todo tipo de auditório. Firme nas opções de base deste tipo de teologia, sabe articulá-las com as doutrinas da tradição cristã, mas de forma criativa e nunca no modo de um conciliarismo fácil. Ajudou a muitos jovens, jornalistas e intelectuais que acabaram formando uma rica roda ao redor de seu pensamento e pessoa. Mas principalmente colaborou enormemente nos grandes encontros nacionais das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs que, junto com Frei Betto, foi um de seus inspiradores. Ele se conta entre um dos mais preciosos patrimônios intelectuais de nossa Igreja brasileira. Alguém de quem todos nós nos podemos nos orgulhar.

IHU On-Line – Tendo presentes os atuais desafios que emergem do mundo plural (ecologia, diversidade religiosa...), de que modo o senhor analisa a contribuição de Libânio para o pensamento teológico contemporâneo?

Leonardo Boff –
Libânio se caracteriza particularmente por levar um diálogo erudito, aberto e criativo com as tendências atuais do pensamento e com as emergências novas da realidade, seja no campo da pós-modernidade, do fenômeno das religiões, da urbanização do mundo, da busca de sentido da intelectualidade acadêmica, da ecologia e outras. Nesse sentido, ajudou a socializar temáticas não muito abordadas pela teologia escolar e a ilustrar a consciência eclesial com conhecimentos novos, sempre numa perspectiva de fé e de sua incidência na pastoral. Nisso ele, além de teólogo foi um pastor. Melhor, entendeu o verdadeiro sentido de toda a teologia que é ser um momento da pastoral da Igreja.


IHU On-Line – Para finalizar, o que o senhor deseja acrescentar sobre Libânio, no momento em que ele celebra 80 anos de vida?

Leonardo Boff –
Considero um privilégio e uma graça do Altíssimo ter podido caminhar a seu lado. Juntos tentamos dar o melhor de nosso pensamento em benefício dos outros, dos pobres e da Igreja. Que seus 80 anos continuem florescendo em obras de sabedoria, com a jovialidade e fraternidade que tanto admiramos nele.

Por: Graziela Wolfart e Luis Carlos Dalla Rosa

22ª Celebração das CEBs - Festa da Santíssima Trindade e das CEBs em Divinópolis

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As eleições municipais de 2012

Dom Hélio Adelar Rubert
Arcebispo Metropolitano de Santa Maria
As eleições municipais estão chegando. Sabedores das dificuldades, intrigas, divisões e feridas que elas causam nas comunidades, os Bispos reunidos em Aparecida – SP, no dia 20 de abril lançaram sua mensagem. Neste importante pronunciamento os Bispos procuram iluminar e orientar as comunidades eclesiais e todos os eleitores, chamados a exercerem um de seus mais expressivos deveres através do voto livre e consciente.
Os Bispos afirmam que a Igreja não pode e não deve ficar à margem na luta pela justiça e que “participar do processo político-eleitoral, impulsionado pela fé, é tornar presente a ação do Espírito, que aponta o caminho a partir dos sinais dos tempos e inspira os que se comprometem com a construção da justiça e da paz”.
Reconhecem os Bispos que “as eleições municipais têm um distintivo em relação às demais por colocar em disputa os projetos que discutem sobre os problemas mais próximos do povo: educação, saúde, segurança, trabalho, transporte, moradia, ecologia, lazer. Trata-se de um processo eleitoral com maior participação da população porque os candidatos/as são mais visíveis no cotidiano da vida dos eleitores”.
Por outro lado, nos municípios, manifestam-se também as crises que o mundo atravessa. “Isso torna ainda mais importante a missão de votar bem nas eleições municipais, ficando claro para o eleitor que seu voto, embora seja um gesto pessoal e intransferível, tem consequências para a vida do povo… As eleições são um momento propício para que se invista, coletivamente, na construção da cidadania, solidificando a cultura da participação e investindo em valores que definem o perfil ideal dos candidatos: honestidade, competência, transparência, vontade de servir ao bem comum, comprovada por seu histórico de vida”.
Em sua mensagem os Bispos lembram aos eleitores que a eles “cabe ficarem de olhos abertos para a ficha dos candidatos/as e espera-se da sociedade a mobilização, como já ocorre em vários lugares, explicitando a necessidade da “Ficha Limpa” ser aplicada também nos quadros do executivo para maior consolidação democrática”.
“O exercício da cidadania, no entanto, não se esgota no voto. É dever, especialmente de quem vota, a co-responsabilidade na gestação de uma nova civilização, fundamentada na defesa incondicional da vida, na promoção da justiça, da fraternidade e na sustentabilidade do planeta”.
“A educação para a cidadania é um processo permanente e para ela contribuem as Escolas e Grupos de Fé e Política que se multiplicam pelas dioceses do Brasil, além das variadas publicações de conscientização política, como a Cartilha Eleições Municipais2012”.
No final da mensagem, os Bispos afirmam que para o cristão, participar da vida política do município e do país é viver o mandamento da caridade como real serviço aos semelhantes, segundo o dizer do Papa Paulo VI: “A política é uma maneira exigente de viver o compromisso cristão ao serviço dos outros”, pois só assim, seremos “fermento que leveda toda a massa” (Gl 5,9).
Esperamos que as eleições deste ano sejam bem participadas e levem o povo para o progresso, à fraternidade e à paz nos municípios.

CEBs - Diocese de Itabira - MG

No próximo dia 03 de junho o Regional II, da Diocese de Itabira/Cel. Fabriciano estará reunido na cidade de Bela Vista de Minas, paróquia São Sebastião, para festejar o dia da  Santíssima Trindade e das CEBs – Comunidades Eclesiais de bases. Participe!!!

Programação
DIA: 3 DE JUNHO DE 2012
LOCAL: PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO
BELA VISTA DE MINAS
TEMA: SANTÍSSIMA TRINDADE FONTE DE VIDA E SAÚDE DA IGREJA.
LEMA: “EU VIM PARA QUE TENHAM VIDA, E A TENHAM EM ABUNDÂNCIA”.
08 h: CAFÉ
08h30min: ORAÇÃO
09 h: ACOLHIDA PADRE CARLOS JORGE TEIXEIRA (VIGÁRIO EPISCOPAL)
09h15min: 1ª PALESTRA – ASSESSOR PADRE PINHEIRO
12 h: ALMOÇO
13h30min  – ANIMAÇÃO
14h– 2ª PALESTRA – ASSESSOR PADRE EUGÊNIO FERREIRA DE LIMA, CR
ASSUNTO: 50 ANOS DO CONCÍLIO VATICANO II
15h30min – ANIMAÇÃO
16h– MISSA
17h30min  – TÉRMINO

FAÇAM AS SUAS CARAVANAS E VENHAM PARTICIPAR DESTA GRANDE FESTA!
OBSERVAÇÃO: TRAGA A SUA CANECA
COMISSAÕ ORGANIZADORA DAS  CEBS REGIONAL II
SECRETARIADO REGIONAL II

Cristo Aponta para a Amazônia: CEBs Cujubim-RO


c-2 













Com este “mantra”, queremos partilhar nossa missão saletina na Amazônia.. Somos três sacerdotes aqui nesta missão em Cujubim – RO: Pe. João da Silva Holek, Pe. Raimundo Lipski e Pe. Francisco Carlos dos Santos. Tudo iniciou em 2006, quando Dom Jaime Chemello pregou o retiro para os Missionários Saletinos em Curitiba, PR. Na ocasião, em nome da CNBB, ele pediu aos Missionários Saletinos que assumissem uma missão na região amazônica. Citava o Documento da Igreja: Cristo aponta para a Amazônia”.

Também falava do compromisso da CF do ano seguinte: Fraternidade e Amazônia, Vida e Missão Neste Chão. Esta foi a grande motivação! Em 2007,  viemos para a Arquidiocese de Porto Velho, em Rondônia. Dom Moacyr Grechi nos acolheu e nos ofereceu uma área de missão no município de Cujubim, que era atendido pelos Padres Palotinos de Ariquemes, distante daqui 115 kms.

Cujubim ainda não era paróquia. Pertencia a Ariquemes. Em 2008, assumimos esta missão. No dia 13 de abril de 2008,  foi declarada paróquia São João Batista, que além da Matriz, contava com 25 pequenas comunidades nas Linhas. Situa-se ao norte do Estado, distante 230kms de Porto Velho. Uma terra há pouco colonizada (menos de 30 anos) formada por um povo migrante, vindo de vários Estados do Brasil. Cujubim (nome de um pássaro aqui da Amazônia) é um município grande na sua extensão.

Devastação na Floresta
Tem uma população aproximada de 18.000 habitantes. Sua atividade principal é a extração da madeira, porém a pecuária, a produção de leite e a piscicultura estão sendo desenvolvidas. A agricultura cresce menos, devido que às terras  fracas para a lavoura.Temos vários pequenos rios, o maior deles: Rio Machadão, afluente do Rio Madeira.

Como na maior parte da Amazônia, o desmatamento continua acontecendo por aqui. Existem várias “reservas” que estão sendo ocupadas por posseiros. A questão ambiental é um grande desafio para a região. Há muitas madeireiras instaladas aqui. O comércio ainda é fraco. Foi aqui que há quatro anos, instalamos nossa tenda! Hoje a paróquia São João Batista conta com 30 comunidades nas Linhas, mais o trabalho pastoral na cidade com seus desafios.

Terra de Migrantes
As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) são a prioridade na Arquidiocese. Portanto, nossa paróquia é uma “Rede de 31 CEBs”. Depois que se tornou paróquia, o trabalho pastoral se estruturou e se fortaleceu. Temos várias pastorais e alguns ministérios: Pastoral da Criança, Pastoral do Dízimo, Pastoral catequética, Pastoral da Juventude, Pastoral do Batismo, Familiar, da saúde e Ministérios: da Eucaristia, da Liturgia, dos Conselhos de Pastoral e Administrativo.

Também os Grupos de Reflexão em todas as comunidades e nos bairros da cidade estão acontecendo, orientados  por uma cartilha própria da Arquidiocese. Temos o compromisso de construir comunidades nos bairros, suscitando o espírito comunitário. Os desafios também são grandes: as distâncias de algumas comunidades e das cidades, as doenças próprias aqui da região, a questão da saúde pública, a falta de infraestrutura do município, gente que chega e gente que sai, lideranças que vão para outras regiões.

Temos o período da estiagem e o período das chuvas intensas, as questões ambientais (desmatamento, o clima quente a ano todo...). Os católicos aqui não são maioria. 52% da população é evangélica. Portanto, a caminhada não se faz com multidões. São pequenos grupos nas comunidades e também na cidade que se reúnem e se comprometem com a evangelização.

Coisas Pequenas; Grandes Mudanças
Estamos aqui como Missionários da Reconciliação. Percebemos que é urgente a reconciliação com Deus, com a natureza e com os irmãos. A mensagem da Salette está sendo bem acolhida pelo povo. Na nossa atividade pastoral, além das missas na matriz e nas comunidades, temos também periodicamente encontros de formação com as lideranças, retiros e o chamado “Encontro Das Redes de Comunidades”, com as lideranças onde reunimos as comunidades mais próximas para um dia de encontro, formação e celebração. Neste ano, teremos também em todas as comunidades estudo bíblico com o povo.

Temos dois momentos fortes, onde as comunidades também se envolvem: A NOVENA E A FESTA DO PADROEIRO SÃO JOÃO BATISTA E DE NOSSA SENHORA DA SALETTE. Temos gente de nossas comunidades envolvida no sindicato, na Associação das Mulheres e outras associações, fazendo trabalho voluntário na área da saúde... É um trabalho em prol da vida que se faz em mutirão! Em 2009, aconteceu o 12º Intereclesial das CEBs em Porto Velho. Participamos ativamente, na preparação desse encontro, que fortaleceu ainda mais a caminhada de nossas comunidades!

Queremos concluir nossa partilha com um provérbio africano que inspirou o 12º Intereclesial, citado por Dom Moacyr na abertura desse Encontro: “GENTE SIMPLES, FAZENDO COISAS PEQUENAS, EM LUGARES NÃO IMPORTANTES, CONSEGUE MUDANÇAS EXTAORDINÁRIAS”. Este é o espírito que anima e fortalece nossa missão aqui nesta “terra grande da Amazônia”! Daqui do norte vai nosso abraço a todos que acreditam que o Reino vai acontecendo na simplicidade e no testemunho de homens e mulheres, que em lugares não importantes, fazem coisas extraordinárias em defesa da vida!

Encontro da Pastoral Juvenil do Cone Sul termina no Chile e divulga mensagem

Confira abaixo a mensagem dos delegados, jovens e assessores adultos, do 8º Encontro da Pastoral Juvenil do Cone Sul, que ocorreu de 20 a 24 de maio em Santiago, Chile. Foram mais de 60 representantes da pastoral juvenil de Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai debatendo sobre as perspectivas dos jovens na região.
Entre os representantes do Brasil, estava a Irmã Zenilde Fontes, coordenadora do Serviço de Evangelização da Juventude da CNBB Sul 3, que compreende as 18 dioceses do Rio Grande do Sul.
Mensagem dos delegados do 8º Encontro da Pastoral Juvenil do Cone Sul
"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda Criação." (Mc 16, 15)
Nós jovens e assessores da Pastoral Juvenil da Região Cone Sul da América Latina, compreendida pelos países Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, nos reunimos na comunidade Padre Hurtado, no Chile, no 8º Encontro Regional do Cone Sul para partilhar, refletir e concretizar o horizonte comum de nossa região.
Nestes dias de encontro, tivemos a experiência do amor fraternal que viveram os primeiros cristãos, com a convivência do encontro com Cristo presente em cada um de nós enquanto indivíduo e comunidade.
Podemos dizer com alegria, força e convicção, porque experimentamos a partilha de nossos dons, que entre nós não haviam necessitados (At 4, 34). Diante de nossas reflexões e vivências, queremos apresentar à sociedade, à nossa Igreja e aos Jovens do Cone Sul nossos sonhos e compromissos com uma vida plena para todos.
À Sociedade
Diante de uma realidade onde reina o individualismo, a apatia e que as estruturas da sociedade propõem um estilo de vida dominado pelo imediatismo e egoísmo, estamos comprometidos, a partir do encontro com Cristo, a transformar a nossa realidade com nosso discipulado missionário.
Muitas vezes somos julgados e julgamos a sociedade sem olhar o que se tem por dentro. Precisamos do apoio de toda a sociedade e propomos a cooperação mútua com ela, de modo a confiar em nós mesmos e nela.
Nós nos comprometemos a trabalhar em conjunto com todos para a transformação desta realidade de morte, que oprime e exclui grande parte da sociedade, tendo como ponto de partida e inspiração o Projeto de Jesus Cristo.
À Igreja
Como os jovens da Região Cone Sul, sonhamos ser protagonistas de uma transformação eclesial que responda aos sinais dos tempos e ao nosso horizonte comum, sendo este formar uma Pastoral Juvenil orgânica, integradora e atraente que promova o encontro pessoal e comunitário com Cristo.
Para fazer efetiva a opção preferencial pelos jovens, apresentada nas Conferências Episcopais Latino-Americanas de Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, necessitamos ser acompanhados com qualidade, em todas as nossas realidades juvenis e em nossa própria linguagem. Isso não será possível sem uma formação adequada do clero e dos acompanhantes das comunidades juvenis.
Nos comprometemos a motivar e incentivar os jovens que representamos para atuar, a partir deste sonho comum, em nossas paróquias, comunidades eclesiais de base, movimentos apostólicos e nos meios específicos (rural, estudantes, migrantes, indígenas, etc) e para transformar os nossos países com a luz do Evangelho, construindo a Civilização do Amor.
À Juventude
Diante de nossas limitações como Pastoral Juvenil, devemos superar essas barreiras e ir além, pondo força na mensagem que o evangelho nos propõe, saindo ao encontro dos outros e anunciando a Boa Nova de Jesus ressuscitado com um olhar esperançoso e positivo sobre a realidade que vivemos como jovens.
Conhecendo a realidade da juventude, que por vezes obriga-nos a migrar em busca de uma melhor qualidade de vida ou motivos de estudos, como Pastoral Juvenil, cremos no processo de acompanhamento como fonte para aumentar ou manter nossas forças no Senhor. Como jovens membros e protagonistas da Igreja e da sociedade, nos arriscamos a obter um espaço para a participação e reflexão sobre os processos de mudança dos quais fazemos parte.
Conclusão
Impulsionados pelo desejo de "ser o mundo no coração da Igreja e ser Igreja no coração do mundo" (Puebla, 786), queremos questionar e, por consequência, assumir estes compromissos com forma de confiança, contribuição e presença na sociedade e na Igreja.
Apesar de nossas fraquezas, nós acreditamos que Jesus Cristo, com quem nos encontramos de maneira pessoal e comunitária, e que nos acompanha sempre na juventude, será mestre, cabeça e condutor de nossos propósitos e de nosso caminhar.
Anunciamos a cada jovem de nossa região que isto é possível, no dia a dia, em nossos grupos e paróquias, e em todos os lugares onde Jesus Cristo se faz presente, reafirmando nosso compromisso de anunciá-lo pela Vida e pela Palavra a todos que aproximem de nós.
Encorajados pelo espírito missionário da Igreja na América Latina e Caribe e sob as bênçãos de Nossa Senhora de Guadalupe, concluímos deixando a todos, especialmente aos jovens, as palavras do Papa Bento XVI a nós jovens, em seu encontro conosco no Pacaembu, Brasil: "Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada”. Mantenhamos sempre o animo de ser esta face bela, feliz, protagonista e libertadora da Igreja e da sociedade.
Comunidade Padre Hurtado, Chile, 24 de maio de 2012.
Festa de Maria Auxiliadora

Teólogo Leonardo Boff afirma que 'humanos podem desaparecer' sobre desastre ecológico


Nesta segunda-feira (28), o teólogo Leonardo Boff adentrou a fé ao campo da ciência durante uma conferência realizada no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O líder católico é conhecido por seu envolvimento com as causas sociais.


Entre os temas abordados na palestra, ele falou um pouco sobre desenvolvimento sustentável e sua tese de que o mundo está prestes a ver um grande distúrbio natural. “Pela primeira vez na história, podemos conhecer um grande desastre ecológico (...) Podemos (a espécie humana) desaparecer”, declarou ele.
Antes de se aprofundar na religião, ele mencionou sobre a linha tênue que separa a Terra de uma catástrofe. “Há milhões e milhões de anos, temos exatos 21% de oxigênio, se fosse menos teríamos morrido. O equilíbrio da Terra é sutil”, acrescentou.

Em seguida, transmitiu sua visão sobre como o ser humano deve cuidar do planeta diante dos olhos de Deus. “A ordem de Deus era cuidar e guardar o Jardim do Éden. Se não fizermos, vamos transformar a terra em um matadouro de seres vivos”, disse ele o ex-membro da Ordem dos Frades Menores, ou "Franciscanos".

O teólogo de 73 anos disse ainda que o que deixa mais claro este destino complicado é a desigualdade na distribuição desmedida de recursos. “Esse sistema funciona bem para 1,6 bilhão de pessoas, para a grande maioria (da população mundial) é um inferno”, afirmou.

Para Boff esta disparidade é exercida em função da exploração de bens considerados sagrados como a água e sementes. “Água não pode virar mercadoria. Colocaram preço em tudo aquilo que representa vida”, concluiu. Segundo ele, este seria “o último grande golpe do capitalismo” por conta de uma “crise de sensibilidade”.



Leonardo Boff defende e aborda pontos teológicos que cercam as áreas da ética, ecologia e da espiritualidade. Além de seus estudos, ele presta serviços à Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) no Brasil.







Leonardo Boff

II Paulistão das CEBs - 30 de junho



 II Paulistão das CEBs,  30/06
 "CEBs: a vida na cidade, em busca da Sociedade do Bem Viver e Conviver"
  Santo André –SP

 
GINÁSIO PEDRO DELL’ANTONIA
Rua São Pedro s/n – Vila América
Próximo a Avenida Capitão Mario Toledo de Camargo
Santo André


Programação
07H00 – Acolhida do povo de Deus (entrega dos lanches)  concentração dos Sub Regionais
08h00  - Animação e acolhida dos Sub Regionais
08h30  - Oração – Sub Regional de Campinas
09h00  - Partilha o o que é o Paulistão e a metodologia do dia
09h20  - Assessoria – Rafael – Pastora Nancy
11h00  - Missa -   Sub Regional de Botucatu
12h00  - Almoço  com roda de conversa e de partilha
14h00 – Partilha dos Sub Regionais de experiências do Bem Viver e do Bem Conviver
14h50 - Assessoria – Rafael – Pastora Nancy
15h40 – Oração Final – Abertura do Intereclesial no Sul I –  SP I
16h00 -  Encerramento

CEBs SUL1- São Paulo - se reunem em Jaboticabal


Nós, participantes da CEBs, membros e assessores, da Colegiada do Regional Sul 1 da CNBB, estivemos reunidos e reunidas, nos dias 26 e 27 de maio de 2012, na Diocese e cidade de Jaboticabal, para a segunda reunião anual do nosso calendário.

Com a presença fraternal de Dom José Bertanha, bispo referencial das CEBs no estado, iniciamos nossas atividades com momento orante e bem participativo; em seguida fizemos a Análise de Conjuntura Política, Econômica e Social, discutindo a crise do momento atual em âmbito Nacional e Internacional; a seguir, como resposta à crise, refletimos sobre a sociedade do Bem viver e Bem Conviver com o Meio Ambiente.
Na parte da tarde, com a proposta de pauta tirada ainda de manhã, discutimos sobre os seguintes pontos: 13º Intereclesial das CEBs, “Justiça e Profecia a serviço da Vida” em Juazeiro do Norte – CE; II Paulistão das CEBs,  30/06, "CEBs: a vida na cidade, em busca da sociedade do Bem Viver e Conviver", em Santo André –SP e avaliação da XII Romaria da CEBs à  Aparecida, entre outros assuntos.
À noite, em nosso momento cultural, celebramos junto com pessoal que nos acolheu.
Na manhã do domingo, motivados pelos Dons do Espírito Santo e alimentados pela Eucaristia, Celebração da Festa de Pentecostes, demos prosseguimento aos nossos trabalhos, fazendo os encaminhamentos que estavam em pauta.
Fomos convidados a participar da 14ª Romaria da Terra e da Água, com o tema “Terra e Água, um clamor por Justiça” e, lema “Direito, Dignidade e Vida, em busca da Sociedade do Bem Viver 26 de agosto, Diocese de Bauru, em Aimorés, Gleba 1 e, também fizemos encaminhamento de reafirmar a carta do ano passado, de indicação para Superintendência do Incra-SP, do companheiro Welligton Diniz Monteiro, delegado do MDA, Ministério de Desenvolvimento Agrário
Ao encerramento, após o almoço, preparado com muito amor e dedicação pela equipe de apoio, a quem agradecemos imensamente, retornamos às nossas comunidades para dar continuidade à nossa missão de construir, “Um outro mundo possível!”, fundamentado na utopia do  Reino de Deus, concretizado na “Sociedade do Bem Viver e  Bem Conviver”.
                                                       
 Jaboticabal, 26 e 27 de maio de 2012.
                                              Colegiada das CEBs do Estado de São Paulo.

Informações:                                                                                                                                                14ª Romaria da Terra e da Água – contato com                                                                                                                                                                  Cidinha - carolirian@hotmail.com

II Paulistão das CEBs- contato com
Liz Mari - lizceep@hotmail.com