A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realiza durante o período da quaresma a Campanha da Fraternidade. Este ano, o lema enfatizado é: “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45) e o tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. Antes, porém, de lançar um olhar sobre os atuais desafios do mundo moderno, é necessário compreender a história das relações entre Igreja Católica e a sociedade.
Uma nota importante a ser recordada é a estruturação do cristianismo nos primeiros séculos em Roma, ou seja, com a queda do Império Romano, a Igreja passa a suprir as carências da sociedade civil, desenvolvendo um tipo de civilização que ficou conhecida como Cristandade. Esse modelo de sociedade girava em torno de princípios de inspiração cristã, ganhando tamanha força que foi capaz de vigorar por toda a Idade Média.
A chegada dos portugueses na América, a Reforma Protestante e o Movimento Humanista, causaram grandes mudanças na sociedade europeia. Diante dessas mudanças, o Papado estabeleceu uma aliança com Portugal que ficou conhecida como Padroado, que dava direito ao Rei Português de enviar missionários ao Brasil e distribuí-los nas várias regiões do país. Foi assim que começou o plano de povoamento e a constituição da sociedade brasileira.
Com a Independência do Brasil, em 1822, a “Religião Católica” foi reconhecida como religião oficial do Império Brasileiro. Até a proclamação da República, a Igreja dedicou-se amplamente, através das congregações religiosas, ao ensino e à realização de obras de caridade. Com a Constituição Republicana de 1891, o regime de Padroado chegou ao fim, o que conferiu à Igreja novamente a função de nomear bispos e criar novas dioceses.
A primeira metade do século XX foi marcada pelo desenvolvimento econômico e por profundas transformações políticas e culturais, exigindo da Igreja um envolvimento pastoral comprometido com as classes menos favorecidas. Com a criação da CNBB, em 1952, a Igreja impulsionou a sociedade através da mobilização dos leigos e leigas nos movimentos sociais. Em 1964, nasceu então em âmbito nacional a Campanha da Fraternidade, no bojo de uma sociedade massacrada pela repressão militar, com o desejo de discutir questões importantes para povo tais como: urbanização, fome, desemprego, família, moradia e luta pela terra; esses temas eram propostos em debates organizados por lideranças da Igreja.
Muitos desafios permanecem nos dias atuais, exigindo da Igreja Católica, uma participação mais ativa nos rumos das transformações sociais e políticas do país. As Comunidades Eclesiais de Base, em consonância com a Campanha da Fraternidade deste ano, tem o dever de assumir esse protagonismo, pois sua identidade está ligada à libertação e organização do povo que busca o Reino de Deus e almeja um mundo mais justo e fraterno.
Uma nota importante a ser recordada é a estruturação do cristianismo nos primeiros séculos em Roma, ou seja, com a queda do Império Romano, a Igreja passa a suprir as carências da sociedade civil, desenvolvendo um tipo de civilização que ficou conhecida como Cristandade. Esse modelo de sociedade girava em torno de princípios de inspiração cristã, ganhando tamanha força que foi capaz de vigorar por toda a Idade Média.
A chegada dos portugueses na América, a Reforma Protestante e o Movimento Humanista, causaram grandes mudanças na sociedade europeia. Diante dessas mudanças, o Papado estabeleceu uma aliança com Portugal que ficou conhecida como Padroado, que dava direito ao Rei Português de enviar missionários ao Brasil e distribuí-los nas várias regiões do país. Foi assim que começou o plano de povoamento e a constituição da sociedade brasileira.
Com a Independência do Brasil, em 1822, a “Religião Católica” foi reconhecida como religião oficial do Império Brasileiro. Até a proclamação da República, a Igreja dedicou-se amplamente, através das congregações religiosas, ao ensino e à realização de obras de caridade. Com a Constituição Republicana de 1891, o regime de Padroado chegou ao fim, o que conferiu à Igreja novamente a função de nomear bispos e criar novas dioceses.
A primeira metade do século XX foi marcada pelo desenvolvimento econômico e por profundas transformações políticas e culturais, exigindo da Igreja um envolvimento pastoral comprometido com as classes menos favorecidas. Com a criação da CNBB, em 1952, a Igreja impulsionou a sociedade através da mobilização dos leigos e leigas nos movimentos sociais. Em 1964, nasceu então em âmbito nacional a Campanha da Fraternidade, no bojo de uma sociedade massacrada pela repressão militar, com o desejo de discutir questões importantes para povo tais como: urbanização, fome, desemprego, família, moradia e luta pela terra; esses temas eram propostos em debates organizados por lideranças da Igreja.
Muitos desafios permanecem nos dias atuais, exigindo da Igreja Católica, uma participação mais ativa nos rumos das transformações sociais e políticas do país. As Comunidades Eclesiais de Base, em consonância com a Campanha da Fraternidade deste ano, tem o dever de assumir esse protagonismo, pois sua identidade está ligada à libertação e organização do povo que busca o Reino de Deus e almeja um mundo mais justo e fraterno.
(*) Jônatas Marcos da Silva Santos é pároco de Jaciara
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