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Rumos da Teologia da Libertação e contribuição de padre José Comblin foram temas da II Semana Teológica
Terminou na sexta-feira (14), na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa (Brasil) a II Semana Teológica José Comblin,
momento que teve início na última quarta-feira e reuniu religiosos,
pesquisadores e professores em torno do tema "O legado da Teologia da
Libertação e a contribuição de José Comblin”.
Agenor Brighenti, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC/PR,
que palestrou ontem sobre o tema "A Teologia da Libertação numa
perspectiva ameríndia”, apontou que a II Semana Teológica se insere no
contexto de preparação para o Congresso Continental de Teologia, que acontece de 7 a 11 de outubro em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.
O
professor afirmou que o evento levantou discussões sobre os 50 anos da
abertura do Concílio Vaticano II e mostrou a trajetória da Teologia da
Libertação nos últimos anos, assegurando que ela está se "se repensando e
se refazendo”. "A Teologia da Libertação está viva e buscando
identificar seus novos desafios e dar respostas condizentes com o
contexto de hoje. Ela continua atual, relevante e comprometida com as
transformações sociais”, assegurou.
O legado do padre José Comblin,
teólogo que ficou conhecido como ‘profeta da Igreja dos pobres’ também
foi abordado durante a programação da II Semana Teológica. O frei
capuchinho Luis Carlos Susin, secretário geral do Fórum Mundial de Teologia da Libertação, chamou atenção para três aspectos que marcam a trajetória de José Comblin.
"O
primeiro e principal aspecto é que ele ensinou a trabalhar a teologia
com um método e fez isso quando decidiu vir para a América Latina para
encontrar uma alternativa de uma igreja mais viva. Ele tinha
expectativas e vontade de aprender. O segundo aspecto do método é que
ele fez deslocamentos sociais, eclesiais e teológicos e passa a ver a
teologia com outros olhos e a falar a partir da linguagem do povo daqui.
O terceiro aspecto é a experiência de liberdade espiritual. Comblin era
livre e esta foi uma característica que o marcou. Ele defendia que toda
liberdade procede do Espírito Santo”, explicou o frei capuchinho.
Abordando outra temática amplamente discutida durante o encontro, os rumos da Teologia da Libertação, Carlos Susin
completou. "Vamos continuar a Teologia da Libertação levando em
consideração um mundo mais globalizado, pluralista e que se modifica
constantemente”.
No final do dia de ontem, Ermanno Allegri, diretor da Agência de Informação Frei Tito para América Latina (Adital),
fez uma exposição sobre as quatro Jornadas Teológicas Regionais
realizadas no ano passado em preparação para o Congresso Continental de
Teologia e sobre a procura contínua em se construir o pensamento
teológico na América Latina.
Congresso Continental de Teologia
De
7 a 11 de outubro, acontece na Unisinos, em São Leopoldo (Rio Grande do
Sul – Brasil) o Congresso Continental de Teologia. O evento se insere
no contexto de dois grandes acontecimentos que marcam 2012: os 50 anos
da inauguração do Concílio Vaticano II, celebrada pelo papa João XXIII; e
os 40 anos da publicação do livro Teologia da Libertação. Perspectivas (Gustavo Gutiérrez), que consagra a trajetória da teologia no continente latino-americano.
O
encontro, que foi precedido por Jornadas Teológicas Regionais, buscará
reunir "em torno ao Vaticano II e à teologia latino-americana, para
discernir os novos desafios de uma época marcada por profundas
transformações e as consequentes tarefas para uma teologia como serviço à
Igreja e à humanidade, em um mundo pluralista e globalizado”.
Para o professor Brighenti,
que está na organização do Congresso, este momento é um esforço de
mobilizar a comunidade teológica e trazer a Teologia da Libertação para
"a praça pública” e olhar para o futuro.
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