O quarto dia do 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, que decorre em Maringá, focou-se nos 50 anos do Concílio Vaticano II. Religiosos lembraram ainda o papel dos jovens e os problemas que os afetam
Sinésio Bohn, bispo emérito de Santa Cruz do Sul, que vivia em Roma durante o Concílio, lembrou que na época «a Igreja andava um tanto cansada, teólogos queriam mais vitalidade, todos pediam uma renovação». O prelado recordou a criação dos movimentos de jovens, a organização dos assessores, o Congresso Latino-americano de Jovens, o Dia Nacional da Juventude como «frutos» do Concílio para a juventude, adianta a Revista Missões. «Era um tempo de imensa criatividade e os jovens estavam ansiosos para falar. Foi um tempo necessário depois da morte da Ação Católica quando os jovens não tinham mais espaço nem voz na Igreja», afirmou, segundo o missionário da Consolata e diretor da revista, Jaime Patias.
Maicon Malacarne, ordenado padre recentemente e assessor da Pastoral da Juventude apresentou a sua experiência. Recorreu a três imagens: uma janela aberta para o mundo, representando uma Igreja que se abre para a realidade; um menino imagem da esperança, como representação do nascimento de Jesus; por fim, um olhar novo. O sacerdote destacou três características do Concílio: a renovação, a Igreja Povo de Deus e a dimensão dos sinais dos tempos à luz da Palavra.
Vilson Groh, um sacerdote dedicado ao resgatar de jovens do tráfico fez uma comparação entre a realização do Concílio e os documentos das Conferências Latino-americanas e caribenhas de Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida. Lembrou também o significado da Ação Católica enquanto luta e compromisso para tornar o Reino de Deus uma perspetiva de vida. «Veio a dimensão de sombra, nos anos 60, com o golpe militar e que reacende nos anos 70 com o Documento de Puebla na opção preferencial pela juventude e pelos empobrecidos. São documentos que precisamos de ter como livros de cabeceira para entender os sinais dos tempos e como Deus se manifesta nas luzes e sombras no nosso continente e na nossa Igreja», afirmou.
É preciso entender a importância do conceito «Igreja Povo de Deus», para saber o que é «Igreja Comunhão», considera o mesmo. Referindo-se ao Documento de Aparecida, disse que este reafirma a Juventude, o laicato, as CEBs [Comunidades Eclesiais de Base], a opção pelos pobres e a beleza de ser discípulo missionário. «Seguir Jesus implica seguir as suas causas, as bandeiras de Jesus e também olhar para Nazaré e para a Galileia. Significa olhar para a juventude que está sendo assassinada neste país», afirmou. «De 2006 a 2013 nós vamos perder 37.560 jovens assassinados. Eu vivo há 30 anos nas áreas de periferias da grande Florianópolis. No ano de 2000 fiz 80 funerais de morte violenta», alertou.
«Qual é o grito?» interroga o sacerdote. Como resposta adianta: «É o grito do jovem crucificado. Precisamos de recuperar essa realidade da juventude para a formação de políticas públicas. Mergulhar nessa realidade é o meu encantamento, porque a causa dos empobrecidos é a causa de Deus, é a causa de Jesus». Apela: «Não podemos ficar apenas a ler a bíblia e encontrar-se mas dar razões à nossa esperança gerando projetos reais para a juventude».
Maicon Malacarne, ordenado padre recentemente e assessor da Pastoral da Juventude apresentou a sua experiência. Recorreu a três imagens: uma janela aberta para o mundo, representando uma Igreja que se abre para a realidade; um menino imagem da esperança, como representação do nascimento de Jesus; por fim, um olhar novo. O sacerdote destacou três características do Concílio: a renovação, a Igreja Povo de Deus e a dimensão dos sinais dos tempos à luz da Palavra.
Vilson Groh, um sacerdote dedicado ao resgatar de jovens do tráfico fez uma comparação entre a realização do Concílio e os documentos das Conferências Latino-americanas e caribenhas de Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida. Lembrou também o significado da Ação Católica enquanto luta e compromisso para tornar o Reino de Deus uma perspetiva de vida. «Veio a dimensão de sombra, nos anos 60, com o golpe militar e que reacende nos anos 70 com o Documento de Puebla na opção preferencial pela juventude e pelos empobrecidos. São documentos que precisamos de ter como livros de cabeceira para entender os sinais dos tempos e como Deus se manifesta nas luzes e sombras no nosso continente e na nossa Igreja», afirmou.
É preciso entender a importância do conceito «Igreja Povo de Deus», para saber o que é «Igreja Comunhão», considera o mesmo. Referindo-se ao Documento de Aparecida, disse que este reafirma a Juventude, o laicato, as CEBs [Comunidades Eclesiais de Base], a opção pelos pobres e a beleza de ser discípulo missionário. «Seguir Jesus implica seguir as suas causas, as bandeiras de Jesus e também olhar para Nazaré e para a Galileia. Significa olhar para a juventude que está sendo assassinada neste país», afirmou. «De 2006 a 2013 nós vamos perder 37.560 jovens assassinados. Eu vivo há 30 anos nas áreas de periferias da grande Florianópolis. No ano de 2000 fiz 80 funerais de morte violenta», alertou.
«Qual é o grito?» interroga o sacerdote. Como resposta adianta: «É o grito do jovem crucificado. Precisamos de recuperar essa realidade da juventude para a formação de políticas públicas. Mergulhar nessa realidade é o meu encantamento, porque a causa dos empobrecidos é a causa de Deus, é a causa de Jesus». Apela: «Não podemos ficar apenas a ler a bíblia e encontrar-se mas dar razões à nossa esperança gerando projetos reais para a juventude».
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