quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O Vaticano denuncia estratégia para minimizar o papel da Igreja católica na América

O Sínodo dos Bispos do Vaticano chamou a atenção para a existência de uma estratégia impulsionada pelas autoridades políticas em diversos países da América que busca minimizar o peso da Igreja católica no continente.

A reportagem é da Notimex, 05-11-2011. A tradução é do Cepat.

A sala de imprensa da Sé Apostólica divulgou um informe na sexta-feira que incluiu as conclusões da mais recente reunião do Conselho Especial do Sínodo para o Continente Americano, que aconteceu nos dias 27 e 28 de outubro, em Roma.

O informe, redigido com as contribuições de cardeais e bispos dessa região, denunciou a “interferência do Estado”, que considera a Igreja católica como uma das muitas confissões religiosas.

Apontou que, com essa atitude, as autoridades civis ignoram a “verdadeira natureza” e o “papel histórico inegável” que a Igreja exerceu na primeira evangelização do continente, assim como na formação da identidade das nações.

Também indicou que esta estratégia pretende substituir os conceitos de diálogo ecumênico e inter-religioso pela ideia genérica de “relações inter-religiosas”, outorgando assim arbitrariamente a todas as religiões a mesma entidade, por considerá-las “fenômenos de natureza espiritual”.

Dessa maneira se “pretende considerar a religião como uma ferramenta a serviço da vida política”, apontou.

O informe se referiu, além disso, à relação da Igreja com as religiões indígenas pré-colombianas, que a instituição católica busca “purificar” mediante elementos compatíveis com a mensagem cristã, além de “integrá-las convenientemente” na vida das comunidades eclesiais locais.

O documento qualificou os grupos evangélicos e pentecostais como seitas e que são o verdadeiro desafio, já que “através de um forte proselitismo se difundem com rapidez nas grandes cidades e ali onde a presença da Igreja é fraca”.

Expressou sua preocupação com o impacto da pobreza, da violência e da difusão de valores contrários ao respeito à vida humana, que se consideram “resultados negativos da influência do processo de secularização que se estende de norte a sul”.


Fonte:IHU

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