Colegiada Estadual das CEBs CNBB SUL1
Participantes do Encontro
“... e Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom” (Gênesis 1, 31).
Aos irmãos e às irmãs de caminhada
e a todas as pessoas de boa vontade
Somos 1353 representantes das Comunidades Eclesiais de Base do Estado de São Paulo, que nos reunimos na cidade de Campinas, com o mesmo pensamento: as CEBs na defesa dos ecossistemas do nosso Estado. Estes dias 19 e 20 de julho tornaram-se um marco na nossa caminhada.
A acolhida que tivemos, na Arquidiocese de Campinas, não poderia ter sido melhor. O abraço dos irmãos e irmãs das Comunidades daqui, com seu Arcebispo Dom Bruno Gamberini, foi caloroso e festivo. As muitas equipes bem organizadas para melhor serviço fraterno, as famílias que nos hospedaram, estavam no clima da Celebração do Centenário desta Arquidiocese e também dos 40 anos das CEBs em Campinas.
Participaram conosco também outros bispos. Dom Maurício Grotto, da Diocese de Assis e que acompanha nossas CEBs do Regional Sul 1. Dom José Maria Pinheiro, da Diocese de Bragança Paulista. Também nos visitaram Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo emérito de Campinas; Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo; Dom Vilson Dias de Oliveira, Bispo da Diocese de Limeira e Dom Paulo Mendes Peixoto, Bispo da Diocese de São José do Rio Preto.
Foi viva a memória de Dom Helder Câmara, cujo centenário do nascimento celebraremos no próximo ano.
Também participaram conosco irmãos e irmãs de outras denominações, que abraçam a mesma causa.
Nossa alegria é imensa, porque continuamos na inspiração das Primeiras Comunidades Cristãs, partilhando nossos bens e nossa luta, alimentados na espiritualidade do Evangelho de Jesus. Foi por isso que, na Conferência de Aparecida, nossos Bispos da América Latina e do Caribe reafirmaram o apoio às nossas Comunidades Eclesiais de Base, com renovado empenho.
Também ficamos felizes ao comprovar aqui o criativo esforço que se põe na defesa dos nossos ecossistemas. Partilhamos experiências de reciclagem. Trocamos presentes feitos de materiais reciclados. Ficamos encantados com a prática de solidariedade entre pessoas excluídas da sociedade, com sua rica produção artística feita de materiais descartados.
Mas também ficamos com grandes preocupações. Nosso rico Estado de São Paulo vai sendo cada vez mais afetado pela contaminação dos rios. O envenenamento com agrotóxicos chega a ameaçar nossos aqüíferos. As matas ciliares são destruídas.
Vimos que a questão ecológica é uma questão social, política e cultural. A fome se agrava porque o sistema econômico defende a acumulação desenfreada de capital e mata a vida. Nossas terras padecem pela grilagem, improdutividade, latifúndio, transgenia, monoculturas e envenenamento. A indústria da cana de açúcar toma o lugar da produção de comida sadia, variada, de sabedoria enraizada nas culturas locais, para toda a nossa população.
A terra, mãe de todos nós, é viva. Ela tem que se defender até mesmo com violência, contra o efeito estufa, o aquecimento global e o agronegócio, e assim continuar a ser nossa casa comum.
Refletimos o quanto é urgente nos dedicarmos, todos e todas, na educação para um modo de consumo que respeite e preserve toda a natureza. Que seja uma economia solidária, que garanta o desenvolvimento sustentável. Basta de consumismo desenfreado e egoísta!
Além disso, como seguidores da prática de Jesus, temos que agir para transformar esta situação. Vamos intensificar e multiplicar nossas organizações para pressionar os que estão no poder. Vamos reaproveitar o que vem sendo jogado como lixo. Vamos recriar a vida. Vamos conviver e viver como filhos e filhas de Deus que é Pai e Mãe.
Deste Encontro, levamos a todos vocês um renovado compromisso a partir da nossa fé, alimentado na Palavra e na Eucaristia. Temos muito que fazer! Entrem conosco no grande mutirão de defesa da vida, especialmente em nosso Estado.
Unimo-nos a todas as pessoas de boa vontade, povos indígenas, povo negro, gente de toda etnia e de todo credo. Queremos aprender dos povos indígenas, especialmente nossos guaranis, um novo modelo sustentável na Terra.
Caminhamos com nossas bandeiras. Reforma Agrária já! Agronegócio e Barragens não! Luta e Missão neste chão!
Invocamos a intercessão de Francisco e Clara de Assis e da irmandade sem fronteiras. Na casa-mãe Terra, com a irmã água, o irmão fogo e o irmão ar, com todas as plantas e animais, bendizemos ao nosso Criador.
A partir da nossa Ceia Eucarística de encerramento deste Encontro, um abraço carinhoso a todos e todas vocês, neste ano de Paulo apóstolo e a caminho do 12º. Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base.
CEBs do Regional Sul I da CNBB
Campinas, 20 de julho de 2008.
Aos irmãos e às irmãs de caminhada
e a todas as pessoas de boa vontade
Somos 1353 representantes das Comunidades Eclesiais de Base do Estado de São Paulo, que nos reunimos na cidade de Campinas, com o mesmo pensamento: as CEBs na defesa dos ecossistemas do nosso Estado. Estes dias 19 e 20 de julho tornaram-se um marco na nossa caminhada.
A acolhida que tivemos, na Arquidiocese de Campinas, não poderia ter sido melhor. O abraço dos irmãos e irmãs das Comunidades daqui, com seu Arcebispo Dom Bruno Gamberini, foi caloroso e festivo. As muitas equipes bem organizadas para melhor serviço fraterno, as famílias que nos hospedaram, estavam no clima da Celebração do Centenário desta Arquidiocese e também dos 40 anos das CEBs em Campinas.
Participaram conosco também outros bispos. Dom Maurício Grotto, da Diocese de Assis e que acompanha nossas CEBs do Regional Sul 1. Dom José Maria Pinheiro, da Diocese de Bragança Paulista. Também nos visitaram Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo emérito de Campinas; Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo; Dom Vilson Dias de Oliveira, Bispo da Diocese de Limeira e Dom Paulo Mendes Peixoto, Bispo da Diocese de São José do Rio Preto.
Foi viva a memória de Dom Helder Câmara, cujo centenário do nascimento celebraremos no próximo ano.
Também participaram conosco irmãos e irmãs de outras denominações, que abraçam a mesma causa.
Nossa alegria é imensa, porque continuamos na inspiração das Primeiras Comunidades Cristãs, partilhando nossos bens e nossa luta, alimentados na espiritualidade do Evangelho de Jesus. Foi por isso que, na Conferência de Aparecida, nossos Bispos da América Latina e do Caribe reafirmaram o apoio às nossas Comunidades Eclesiais de Base, com renovado empenho.
Também ficamos felizes ao comprovar aqui o criativo esforço que se põe na defesa dos nossos ecossistemas. Partilhamos experiências de reciclagem. Trocamos presentes feitos de materiais reciclados. Ficamos encantados com a prática de solidariedade entre pessoas excluídas da sociedade, com sua rica produção artística feita de materiais descartados.
Mas também ficamos com grandes preocupações. Nosso rico Estado de São Paulo vai sendo cada vez mais afetado pela contaminação dos rios. O envenenamento com agrotóxicos chega a ameaçar nossos aqüíferos. As matas ciliares são destruídas.
Vimos que a questão ecológica é uma questão social, política e cultural. A fome se agrava porque o sistema econômico defende a acumulação desenfreada de capital e mata a vida. Nossas terras padecem pela grilagem, improdutividade, latifúndio, transgenia, monoculturas e envenenamento. A indústria da cana de açúcar toma o lugar da produção de comida sadia, variada, de sabedoria enraizada nas culturas locais, para toda a nossa população.
A terra, mãe de todos nós, é viva. Ela tem que se defender até mesmo com violência, contra o efeito estufa, o aquecimento global e o agronegócio, e assim continuar a ser nossa casa comum.
Refletimos o quanto é urgente nos dedicarmos, todos e todas, na educação para um modo de consumo que respeite e preserve toda a natureza. Que seja uma economia solidária, que garanta o desenvolvimento sustentável. Basta de consumismo desenfreado e egoísta!
Além disso, como seguidores da prática de Jesus, temos que agir para transformar esta situação. Vamos intensificar e multiplicar nossas organizações para pressionar os que estão no poder. Vamos reaproveitar o que vem sendo jogado como lixo. Vamos recriar a vida. Vamos conviver e viver como filhos e filhas de Deus que é Pai e Mãe.
Deste Encontro, levamos a todos vocês um renovado compromisso a partir da nossa fé, alimentado na Palavra e na Eucaristia. Temos muito que fazer! Entrem conosco no grande mutirão de defesa da vida, especialmente em nosso Estado.
Unimo-nos a todas as pessoas de boa vontade, povos indígenas, povo negro, gente de toda etnia e de todo credo. Queremos aprender dos povos indígenas, especialmente nossos guaranis, um novo modelo sustentável na Terra.
Caminhamos com nossas bandeiras. Reforma Agrária já! Agronegócio e Barragens não! Luta e Missão neste chão!
Invocamos a intercessão de Francisco e Clara de Assis e da irmandade sem fronteiras. Na casa-mãe Terra, com a irmã água, o irmão fogo e o irmão ar, com todas as plantas e animais, bendizemos ao nosso Criador.
A partir da nossa Ceia Eucarística de encerramento deste Encontro, um abraço carinhoso a todos e todas vocês, neste ano de Paulo apóstolo e a caminho do 12º. Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base.
CEBs do Regional Sul I da CNBB
Campinas, 20 de julho de 2008.
Um comentário:
Realmente a CEBs está mais para uma ong de preservação ambiental, porém Cristo veio para a salvação das almas, coisa que a cebs não se interessa e combate a quem busca:
http://fratresinunum.com/2009/05/16/profetico-presbitero-e-comunidades-eclesiais-de-base-manifestam-seu-apoio-ao-bispo-da-linz-brasileira-limeira/#comments
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