Somos um grupo de 8 pessoas participando
da articulação de CEBs na cidade de San Pedro Sula em Honduras. Estamos
esperando mais brasileiros para o 9º encontro de CEBs da América Latina e
Caribe que começa dia 16 a 21 de junho.
Temos
também a presença de José Marins e Teo. Ontem refletimos sobre a
inculturação como um novo paradigma de evangelização na pátria mama.
Civilização e cultura são campos de conflito na sociedade continental e a
romanização na Igreja. Fica claro que precisa-se superar um
culturalismo romântico e defender a inculturação, mostrando que existem
outras alternativas e caminhos como resposta as demandas do tempo
presente. Neste sentido, a missão é pela conquista da América como lugar
do diálogo e relação intercultural no campo da evangelização numa
atitude ecumênica. Pois, não podemos aceitar a mudança do mundo sem a
nossa participação. Percebe-se que na América Latina se dá uma
reconfiguração religiosa, cultural e social. Mais que adesão, se firma
um cristianismo na busca da justiça, da paz e do amor. E isso está
vinculado ao fenômeno da migração que reconfigura as identidades e as
relações étnicas a nível internacional e no interior dos países.
E na América Latina se trata de uma
realidade com a qual convivemos sempre como espaço multicultural e muito
étnico (DA 56 e 57). A inculturação não é só uma questão de justiça
frente aos povos, mas necessária para não sucumbir a verdade cultural
frente aos novos neocolonizadores da globalização neoliberal. Em América
Latina cresce o grito contra a desigualdade, dada as demandas dos
grupos indígenas e afroamericanos que resistem a entregar suas tradições
milenares a globalização neocolonizadora e avassaladora. Neste dia de
encontro, estamos tratando do relançamento das CEBs no continente dada
nestes quatros anos de caminhada. Vimos que o 12º Intereclesial no
Brasil foi o marco deste relançamento para revitalizar as CEBs, tendo
como fruto o doc. 92 da CNBB e o 13º nos faz ver que precisamos discutir
mais na América Latina a relação CEBs e Religiosidade Popular.
E a pergunta que nos inquieta em toda
América é como trabalhar estratégicas de missão frente a uma estrutura
de Igreja e firmar redes de comunidades nas dioceses e paróquias como
nos pede Aparecida.
Pe Vileci B. Vidal - Coord. 13º Intereclesial
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