No dia 27 de março, lembramos da partida de José Comblin. O que eu não posso deixar de recordar, é o quanto os textos de Comblin trouxeram o Evangelho para mais perto de mim. Creio que isto deve ter acontecido com muitas pessoas. Ele tem um jeito de falar de Jesus e da simplicidade da mensagem de Jesus. Do amor, e de cómo o amor é Deus mesmo na gente, e de que o amor é a parte nossa que não morre. Lembro de muitas coisas de Comblin. De cómo nos recebia na sua casa em Bayeux, no meio daquelas árvores, o seu jeito, o seu humor, a maneira como nos falava. Muitos dos seus livros se tornaram referências para mim.
O principal: O caminho, ensaio sobre o seguimento de Jesus. Outro: A profecia na Igreja. Já vai fazer um ano da tua partida, mas é como se estivesses aqui. Cómo uma pessoa pode ser tão simples na sua profundidade. Deixaste uma lembrança inesquecível. Tomara que consigamos nos assemelhar em tudo a você, naquilo que é essencial: sermos a pessoa que somos. Isto é o que mais me admirava em Comblin: era totalmente autêntico, era ele mesmo. Isto é o que mais admiro em uma pessoa: ela ser quem ela é. Comblin era ele mesmo. Assim te recordo, e te recordo por teu sentimento, pela tua presença, pelo que nos deixaste de uma luz inextinguível.
Rolando Lazarte
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