quinta-feira, 1 de março de 2012

Quem é o sexto Arcebispo de Natal (RN)?

O novo Arcebispo da Arquidiocesde de Natal é nascido na Região do Trairi. Em 30 de março de 1947, nascia Jaime Vieira Rocha em Tangará. O filho de José Patrício de Melo e Maria Nini Rocha, que hoje assume a diocese natalense, é formado em filosofia e teologia na Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo. É graduado, também, em Ciências Sociais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e pelo Ibrades, no Rio de Janeiro. Também fez curso em Roma, na Itália, onde cursou a Atualização para Formadores de Seminários.


Carlos Santos/DN/D.A Press
Dom Jaime Vieira foi padre por vinte anos (entre fevereiro de 1975, quando foi ordenado em Natal, até 1995, ano em que transformou-se em bispo da Diocese de Caicó), período em que teve forte ligação com o RN e durante este anos, antes da ordenação como bispo foi pároco em Pendências - Paróquia de São João Batista -, membro da Comissão Regional das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e coordenador diocesano de CEBs, em Natal. Além disso ainda assumiu o cargo de Reitor do Seminário de São Pedro, em Natal e vigário episcopal para as pastorais sociais. Trabalho como coordenador diocesano de Vocações e Ministérios e diretor Espiritual do Encontro de Casais com Cristo.

A sua ordenação episcopal (cerimônia religiosa na qual um padre recebe a plenitude do sacramento da Ordem, tornando-se assim num bispo por vontade do Papa, recebendo o báculo pastoral, o anel episcopal e a mitra) aconteceu pelas mãos do então Papa João Paulo II, no dia 6 de janeiro de 1996, na Basílica de São Pedro, em Roma. Quando ordenado escolheu como seu lema, em latim: "Scio Cui Credidi" (Sei em quem acreditei). Dom Jaime governou a Diocese de Caicó por nove anos, de 1996 a 2005, quando foi transferido para a Diocese de Campina Grande (PB), onde permaneceu até agora.

Entre outros trabalhos, no período de 1997 a 2003, Dom Jaime foi o Bispo Referencial da Comissão Episcopal Regional para a Vida e a Família; de 2007 a 2008, acumulou o cargo de Bispo da Diocese de Campina Grande com o de Administrador Apostólico da Diocese de Guarabira-PB. Atualmente, em nível nacional, é o membro da Comissão Episcopal para a Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Bispo Referencial da Comissão Episcopal Regional para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, do Regional Nordeste 2 (Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Pernambuco).

A relação de Dom Jaime com as paróquias e dioceses pela qual passou sempre são muito próximas, em especial pelos trabalhos sociais que incentiva e realiza nas localidades, como a criação da Agência de Desenvolvimento do Seridó em parceria com Federação das Indústrias do RN (Fiern), quando bispo de Caicó. A gratidão pelo trabalho de Dom Jaime fica clara nas inúmeras matérias especiais saudando e agradecendo seu trabalho e despedindo-se do bispo nos jornais e portais de notícias da região de Campina Grande, a diocese que deixa para assumir a de Natal. O seu substituto ainda não foi anunciado, mas Dom Jaime já externou seu desejo. "O novo bispo deverá ter uma mentalidade aberta e sensibilidade para acompanhar o dinamismo da cidade. Precisará saber dialogar com todas as manifestações culturais, científicas, políticas e religiosas da cidade e manter forte a presença pública da Igreja em todos os assuntos de interesse da população", declarou em entrevista coletiva na Paraíba.

Planos

Os próximos passos de Dom Jaime a frente da arquidiocese em solo potiguar seguirão o que já vem se passando nos últimos tempos, segundo afirmou em entrevista ao Diário de Natal/O Poti. "Espero dar continuidade aos trabalhos que já vinham sendo desenvolvidos e perpetuar ideais conquistados ao longo dos anos vividos na última gestão", explicou ele. O novo pastor de Natal irá encontrar aqui algo que já planejava fazer em Campina Grande: o Plano Pastoral. Na cidade paraibana, ele deixou algumas ações pontuais, como a realização das Santas Missões Populares, a decisão de deixar as igrejas abertas durante a maior parte do dia e a adoção da missa do meio-dia na Catedral.

O bispo ainda defende, entre outros pontos, uma maior abertura da Igreja para seus fieis, como quando institui a missa ao meio-dia em Campina Grande, que teve um grande sucesso na atração da população para os templos da cidade. "A igreja precisa ser um local de refúgio e suas portas precisam estar abertas boa parte do dia para que os fiéis se sintam livres para entrar, rezar, usar o confessionário. Claro que o fechamento das igrejas em certos períodos do dia se dá pela insegurança que vivemos hoje, com o medo de assaltos e da violência. Mas devemos trabalhar isso de forma a que os fiéis não sejam prejudicados e possam usufruir do espaço para ter o seu a sós com Deus", disse Dom Jaime.

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