Depois do fracasso da reunião de negociação que pretendia dar fim à greve dos policiais militares da Bahia, na noite desta terça-feira (7), ainda não há nova data para que governo e associações de policiais tentem um novo acordo. O impasse permanece nesta quarta (8), nono dia de greve.
Sem acordo entre policiais e governo, greve continua
O arcebispo de Salvador, Murilo Krieger, divulgou nota deixando a mediação das conversas entre governo e policiais. "Como mediador não me cabe falar dos resultados das negociações. O que posso assegurar é que não me alinhei com nenhuma dessas partes porque meu compromisso é com o povo da Bahia. A Bahia quer paz, a Bahia precisa de paz", disse o bispo.A movimentação militar em torno da Assembleia Legislativa nesta quarta (8) foi intensa. O efetivo do Exército foi aumentado em 500 homens, somando 1,3 mil militares. Dois helicópteros do Exército fizeram vários rasantes, sobrevoando principalmente a área onde se concentram parentes dos policiais amotinados. Um dos helicópteros chegou a pousar no campo em frente ao prédio, onde há também barracas dos manifestantes.
As aulas continuam suspensas nas escolas públicas e privadas. Em alguns bairros, lojas de eletrodomésticos, alvo preferido dos saqueadores, estão fechadas. No bairro de Itapoã, área litorânea de Salvador, uma grande rede de lojas decidiu não abrir e outra concorrente preferiu abrir apenas meia-porta.
Nesta quarta (8), o caderno do Vermelho da Bahia publicou um manifesto da Federação das Associações de Bairros de Salvador (Fabs) sobre sua posição em relação à greve dos policiais militares. Publicamente, a entidade do movimento social defende a negociação como forma de acabar com a paralisação, conclamando que o governo e os grevistas encontrem a melhor forma de resolver o conflito e restabelecer a segurança da população.
Manifesto da Fabs sobre o impasse entre grevistas da PM e o governo do estado
Nós das associações de moradores da cidade do Salvador através da Fabs compreendemos os legítimos direitos e as justas reivindicações dos policiais militares, no entanto consideramos inaceitável o clima de tensão que invadiu a cidade, principalmente nos bairros populares. Uma onda de saques, assaltos e assassinatos produziram pânico generalizado. Já são cerca de 100 mortos em Salvador em sete dias.
A perturbação da ordem pública por meio de condenáveis atos de vandalismo tornou-se comuns nestes dias. Condenamos ainda o sequestro das viaturas policiais, o travamento do trânsito, a intimidação aos passageiros dos ônibus por alguns policiais da PM armados. A violência produzida pelos grevistas é injustificável sob todos os aspectos.
Apelamos para que o governo do estado busque alternativas que visem contemplar a melhoria das condições de trabalho e salário desta importante categoria e ao mesmo tempo apelamos para que as lideranças dos policiais acampadas na Assembléia Legislativa desocupem imediatamente a casa do poder legislativo, devolvam as armas ao Estado e retomem o diálogo com o governo. A negociação é o único caminho para uma solução do conflito. A cidade e seus moradores não aceitam que se prolongue esta grave situação.
A Fabs manifesta publicamente solidariedade a todos os esforços empreendidos até aqui sejam das diversas entidades dos soldados da PM, do governo do estado, governo federal, da Igreja, da OAB, e de todas as entidades e instituições que tem valorizado a negociação e o entendimento para a solução deste impasse. Na oportunidade, consideramos importante a retomada da discussão de um novo modelo de segurança pública que seja desmilitarizado e que leve em consideração aspectos ligados aos direitos humanos, a saúde, a cultura, educação, esportes e o emprego e renda.
Salvador, 07/02/2012
Diretoria Executiva da Federação das Associações de Bairros de Salvador”
Fonte: O Vermelho
Nós das associações de moradores da cidade do Salvador através da Fabs compreendemos os legítimos direitos e as justas reivindicações dos policiais militares, no entanto consideramos inaceitável o clima de tensão que invadiu a cidade, principalmente nos bairros populares. Uma onda de saques, assaltos e assassinatos produziram pânico generalizado. Já são cerca de 100 mortos em Salvador em sete dias.
A perturbação da ordem pública por meio de condenáveis atos de vandalismo tornou-se comuns nestes dias. Condenamos ainda o sequestro das viaturas policiais, o travamento do trânsito, a intimidação aos passageiros dos ônibus por alguns policiais da PM armados. A violência produzida pelos grevistas é injustificável sob todos os aspectos.
Apelamos para que o governo do estado busque alternativas que visem contemplar a melhoria das condições de trabalho e salário desta importante categoria e ao mesmo tempo apelamos para que as lideranças dos policiais acampadas na Assembléia Legislativa desocupem imediatamente a casa do poder legislativo, devolvam as armas ao Estado e retomem o diálogo com o governo. A negociação é o único caminho para uma solução do conflito. A cidade e seus moradores não aceitam que se prolongue esta grave situação.
A Fabs manifesta publicamente solidariedade a todos os esforços empreendidos até aqui sejam das diversas entidades dos soldados da PM, do governo do estado, governo federal, da Igreja, da OAB, e de todas as entidades e instituições que tem valorizado a negociação e o entendimento para a solução deste impasse. Na oportunidade, consideramos importante a retomada da discussão de um novo modelo de segurança pública que seja desmilitarizado e que leve em consideração aspectos ligados aos direitos humanos, a saúde, a cultura, educação, esportes e o emprego e renda.
Salvador, 07/02/2012
Diretoria Executiva da Federação das Associações de Bairros de Salvador”
Fonte: O Vermelho
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