segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cetra festeja 30 anos de atuação - Ceará

Mostra reúne trabalhos de jovens rurais, que são produto de uma oficina desenvolvida pelo Cetra

Crateús. Quarenta e seis fotografias produzidas por jovens rurais estarão em exposição na galeria X da Assembleia Legislativa do Ceará. O evento decorre das comemorações dos 30 anos de fundação do Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra), que contará, hoje, com uma sessão solene.

A homenagem foi proposta pelo deputado Dedé Teixeira (PT) e será realizada no Plenário 13 de Maio, às 16 horas. Já a exposição tem como temática o meio rural da juventude atendida pela entidade.

As fotos são produto de uma oficina ministrada pelo jornalista e educador Elitiel Guedes como uma das ações do projeto Terra Viva: Um Novo Olhar da Juventude sobre o Meio Rural, desenvolvido pelo (Cetra) em parceria com a Fundação Itaú Social em Itapipoca, no litoral Oeste do Ceará.

A ideia central do projeto é fortalecer o protagonismo juvenil através de atividades de geração de renda e trabalhos a respeito da identidade da juventude com o espaço rural, reconhecendo-o como um ambiente de possibilidades para seu crescimento e realização pessoal.

A Exposição vai trazer olhares e impressões desses 20 jovens sobre o ambiente onde eles vivem, geralmente assentamentos de reforma agrária e algumas comunidades camponesas, e é dividida por categorias como educação, meio ambiente, lixo, produção agroecológica, organização da juventude e religiosidade. Pode-se destacar, dentre essas imagens, reflexos de um meio rural que ainda tem problemas, mas que vêm ganhando um colorido especial nas últimas décadas.

Reforma agrária

Essa mostra é uma das ações comemorativas dos 30 anos do Cetra, uma organização da sociedade civil que, no início da década de 1980, foi protagonista da luta pela reforma agrária no Estado, depois desenvolveu assessoria técnica aos agricultores na terra conquistada e, desde o início dos anos 2000 realiza projetos de convivência com o semiárido, como a construção de cisternas e os quintais agroecológicos.

O nome da medalha é uma homenagem a Manuel Veríssimo, agricultor que foi cruelmente assassinado em Trairi no caso do Assentamento Várzea do Mundaú. Copm isso, gerou uma comoção em todo o estado, acirrando os conflitos entre o governo da época e as Comunidades Eclesiais de Base (Cebs) e interferindo diretamente para que aquele espaço fosse desapropriado. A entrega dessa medalha em comemoração aos 30 anos da entidade representativa do trabalhador rural.

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