Neste sábado dia 03 de setembro, início do mês da Bíblia da ICAR e comemorações da Pátria, mas também já percebendo nos ipês e azaléias floridos o prenúncio da primavera, as amigas Ines e Adelaide da coordenação do CEBI-RS e CEBI-Gravataí consecutivamente, trabalharam em Agudo na Comunidade Católica São Bonifácio Protagonismo das Mulheres na Bíblia e Hoje.
Frei Luis nos aguardava com grande expectativa em Paraíso do Sul, com roteiro já elaborado sobre algumas tarefas já agendadas anteriormente. Almoçamos correndo, pois às 12 horas tínhamos que falar na Rádio Agudo, no programa Vida e Missão, que vai ao ar todos os sábados. Neste dia, Frei Luis nos apresentou aos rádio-ouvintes da região onde lemos e refletimos o Evangelho de Mateus sobre a reconciliação e na unidade de duas ou mais pessoas onde Deus se faz presença, depois fomos visitar o Seminário e logo já fomos recebendo o povo que vinha da Vila da Rosa e do Centro.
As protagonistas Sefora e Fua (Êxodo 1) nos abriram as portas para a reflexão e vimos que muitos de nós viemos ao mundo pelas abençoadas mãos das parteiras tementes a Deus dos mais distantes rincões, que mais que prepararem suas mãos, preparavam seu coração para divina tarefa de trazer a vida ao mundo! Várias mulheres da Bíblia foram sendo lembradas: a Samaritana, Isabel, Maria, Marta, Sara, Rute, Eva e outras.
Ficamos encantadas com a sensibilidade dos homens presentes, a bondade expressa nas falas do Avelino, Silvio, o Liberto e o Albano que a mulher pode ser forte sem perder a feminilidade, na forma carinhosa que percebem a força das mulheres e as dificuldades que ainda hoje passam as mulheres. Na coragem da Iria, da Marta e da Erenice e das outras que também ali estavam em dizer que só teve autonomia e liberdade quando viuvou, que a mulher, se quiser, é forte e consegue vencer os obstáculos.
Buscamos no texto da criação no Gênesis 1 se havia alguma distinção. Detivemos-nos na criação do homem e da mulher à imagem de Deus e o que isso significa de fato nas nossas relações cotidianas. Mais dois textos importantes para nós e que em nossas comunidades nem sempre são lembrados: o da dracma perdida (Lucas 15,8-10) que apresenta o rosto feminino de Deus que procura nas coisas domésticas e acha e faz festa com as amigas e vizinhas pelo reencontro, e a profissão de fé de Marta quando da ressurreição de seu irmão Lázaro (João 11,17-27). Maria Madalena apresentada como prostituta - a amada de Jesus que foi a discípula primeira da anunciação da ressurreição.
Percebemos que a tarde voou, pois a viagem dentro da Bíblia não nos deixou ver o tempo passar, e ainda tínhamos outras atividades. Despedimos-nos com as Bem-Aventuranças das Mulheres (As Palavras na Vida 205, p. 33) num grande abraço sororial de Paz e Bem, na certeza de que ainda voltaremos nos encontrar com estas mulheres e homens simples, mas acolhedoras e acolhedores de coração aberto e bondoso. Os Freis Luis, Teo e João nos acolheram muito bem e prepararam todas (tantas) refeições com muito amor e carinho. Já a noite, às 19 horas, tinha a missa onde muitos participaram e fizemos a reflexão do Evangelho (leigas, mulher, trabalhadora, chefe de família) desafiador, quando a nossa igreja não dá este espaço comumente.
Mas ainda não tinha terminado nossa agenda pois precisávamos fazer uma reunião-janta para apresentar o CEBI e possibilitar uma construção, a convite do Frei Luis, de uma escola bíblica ecumênica, com presença de mais igrejas que não unicamente a ICAR. Com a presença dos três freis e uma senhora da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) foram apresentadas as possibilidades desta parceria com o CEBI-RS e as comunidades interconfessionais de Agudo.
Na certeza de que as sementes foram jogadas com muita paixão e amor e a terra bem preparada que as recebeu, estaremos logo, logo, colhendo frutos onde mais uma escola ecumênica iniciará. Depois de sermos acolhidas na casa das irmãs franciscanas de Aparecida (Aparecidinhas) para repousarmos desta ótima jornada, recuperadas de um sono abençoado, retornamos em Paz e Bem para nossas casas e famílias, não esquecendo que o Leo, filho da Ines, se fez presente em toda esta jornada, com sua graça de menino-criança.
Adelaide Klein e Ines Bonho
Fonte: CEBI
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