O padre José Marins, que é conhecido em diferentes países do mundo, esteve, recentemente, em Botucatu e foi recebido no prédio do antigo Seminário, onde funciona a Secretaria de Educação para proferir uma palestra onde abordou a atuação da Igreja Católica na esfera mundial. Atuando como emissário da igreja, ele ministra esta palestra em diferentes países do mundo.
Depois de trabalhar na Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) e no Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) por trinta anos, Padre. José Marins tem animado um grupo itinerante de pastoral dedicado à promoção das comunidades eclesiais. Acompanhado por sua equipe, não tem residência fixa; viaja pelo mundo todo fundando e animando comunidades, visitando-as periodicamente. Tem extensa produção bibliográfica, com mais de 50 obras publicadas.
Entre os temas relevantes de sua oratória em Botucatu, José Marins, que é irmão do escritor botucatuense Francisco Marins, destacou a importância das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), fazendo uma análise da conjuntura eclesial latino-americana, considerando inadiável a tarefa de reconstruir o nível de base da Igreja, defendendo que as repressões a teólogos e outros intelectuais está dificultando toda reflexão criadora.
“O catolicismo oficial não está conseguindo falar uma linguagem inteligível para os contemporâneos marcados por uma nova cultura científica e com extraordinário acesso aos recursos da informática. É inadiável a tarefa de reconstruir o nível de base da Igreja, criando redes de apoio, apostando no pequeno articulado, retomar o ecumenismo não em torno ao doutrinário ou autoritário, mas em torno da experiência de Deus de cada tradição religiosa; encontrar-se no serviço aos mais necessitados, tornando-os realmente sujeitos coletivos de uma nova época, motivados por sua fé”, frisa.
Também enfatizou que é necessário tornar efetiva a colegialidade, como magistério e ação pastoral. “A originalidade das Igrejas locais deve ser incentivada para que elas colaborem com o conjunto de toda a Igreja a serviço do mundo, com o que lhes é próprio e único e exorcizar as politicagens dentro da Igreja, os chamados "Clubes de Roma" e poderes paralelos que impõem a sua visão hegemônica do mistério de Deus, como única e ortodoxa”.
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