sábado, 20 de agosto de 2011
5ª Semana Social Brasileira
As Pastorais Sociais e Organismos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) vêm realizando, desde o início dos anos 90, as Semanas Sociais Brasileiras.
Esses eventos contaram com a participação dos mais diversos agentes das Igrejas e da sociedade organizada em todo o Brasil.
Em 2011, a CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e da Paz, propôs a realização da 5ª Semana Social Brasileira com o tema “A participação da Sociedade no Processo de Democratização do Estado – Estado para quê e para quem”.
Para realizar uma semana social descentralizada, a Comissão para o Serviço da Caridade, Justiça e da Paz realizou, nos dias 8 e 9 de agosto, o encontro nacional de coordenadores, agentes e bispos da Comissão, e nos dias 10 e 11 de agosto, o Seminário Nacional de abertura da 5ª Semana Social. Ambos os eventos no Centro Cultural de Brasília
O objetivo é mobilizar as comunidades eclesiais, os movimentos, as pastorais, os organismos e as forças sociais para refletir sobre as estruturas sociais, políticas e econômicas do Brasil e participar do processo de sua democratização, promovendo a inclusão dos pobres e excluídos na construção de um país justo, democrático, solidário e sustentável.
Na 5ª Semana Social Brasileira, em uma das etapas, estão a retomada e a celebração da contribuição das Semanas Sociais anteriores, ligadas às das pastorais e movimentos sociais, ao processo de construção de uma sociedade realmente democrática no Brasil, uma democracia que, segundo as mesmas Semanas, deve alcançar e transformar todas as dimensões da vida em sociedade, incluída a economia, o Judiciário, o Estado, como também aprofundar a prática da democracia participativa, com atividades nos âmbitos local, municipal, diocesano, regional e nacional.
As atividades do dia 10, contaram com debates sobre os temas “Em busca dos sinais dos tempos, bem viver – Caminho para nova sociedade com novo Estado” com Cesar Sansson e padre Nelito Dornelas; e “Influência do atual cenário financeiro e político internacional no processo de democratização do Estado brasileiro”, com Maria Lucia Fattorelli.
Já no dia 11 de agosto, aconteceu a preparação de um Instrumento Metodológico, pelos participantes, que foi encaminhado para a construção da 5ª Semana Social Brasileira (SSB).
Os movimentos sociais, reunidos no Seminário da 5ª Semana Social Brasileira, , fizeram uma nota de apoio à iniciativa pública do ministro. A nota foi lida e aprovada pelos presentes no evento e entregue no Ministério da Defesa e Itamaraty. Segundo a nota, oito anos se passaram desde que as tropas militares brasileiras ocuparam o Haiti. "Até agora não se tem um balanço profundo dos efeitos reais dessa presença militar no país mais pobre das Américas. Ao contrário, esta ocupação tem significado, na visão de muitos, a negação de princípios básicos do direito internacional público”.
Desde 2004, os movimentos sociais pressionam o governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas (ONU) pela retirada das tropas daquele país. A presença opressora e espoliadora se contradiz com a intenção de promover a estabilização, "O povo desassistido e oprimido do Haiti não precisa de tropas militares, de intervenção bélica, policiamento, mas sim de ser exonerado do ilegal e ilegítimo endividamento externo mantido para o lucro do sistema financeiro internacional especulativo”, denunciam.
A nota apela para que "a comunidade internacional não ignore os extremos sofrimentos dos haitianos, submetidos às exigências mutiladoras dos interesses financeiros globalizados, suportando com a fome – como demonstraram as recentes mobilizações - e o desemprego, apesar disso, o terror militarizado, onde a opressão, os tiros, as armas, a morte substituem o que deveria ser feito”.
A comunidade haitiana necessita antes de tudo de "apoio técnico para sua agricultura, médicos para sua população, e de implantação internacional de projetos sociais de saúde, saneamento, educação e pleno emprego, que estimulem em curto prazo sua emancipação”, finalizam
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