O Plano Nacional de Energia Elétrica brasileiro prevê a construção de mais quatro usinas nucleares, que deverão entrar em funcionamento até 2030.
Em Caetité, na Bahia, está localizada a única mina de urânio em operação no Brasil. Um relatório apresentado nesta quarta-feira (8), na Câmara dos Deputados, denuncia que a extração do mineral está afetando a saúde da população local.
Para Alexandre Ciconello, integrante da Plataforma Dhesca, há uma dificuldade de acesso às informações, pois a mina é considerada uma área de segurança nacional.
“Existem várias denúncias feitas pela população local de vazamento de urânio, que está contaminando mananciais e lençóis freáticos da região. Existem estudos científicos que indicam que a quantidade média de urânio no organismo daquela população é de mais de cem vezes maior do que a média mundial.”
Esta é uma das denúncias identificadas pelos Relatores dos Direitos Humanos da Plataforma Dhesca, que viajaram pelo país entre 2009 e 2010 para mapear as violações e sugerir políticas de enfrentamento. Um dos relatores visitou presídios femininos e encontrou situações degradantes, como relata Alexandre.
“É uma situação calamitosa. Presença de ratos, lixo e denúncias graves de confinamento de presidiárias no Rio Grande do Sul, negando os medicamentos antiretrovirais para as presidiárias que têm HIV/AIDS. Para a relatoria, neste caso, é uma forma de tortura e até mesmo uma tentativa de matar do Estado.”
A relatoria investigou as ameaças de despejo vividas por comunidades das cidades que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014. Também foram identificados inúmeros casos de violação de direitos relacionados à liberdade religiosa nas escolas.
Jorge Américo- NP
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