sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Seis capitais concentram 25% do PIB do país, diz IBGE

Os seis municípios com as maiores participações no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, todos capitais, representam cerca de 25% da produção de bens e serviços do país, segundo dados do PIB dos Municípios do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com dados de 2008, divulgados nesta sexta-feira.

Na lista, estão: São Paulo (SP), 11,8%; Rio de Janeiro (RJ), 5,1%; Brasília (DF), 3,9%; Curitiba (PR), 1,4%; Belo Horizonte (MG),1,4% e Manaus (AM), 1,3%. Esse grupo abrigava uma fatia menor da população (13,5%), o que revela a concentração do PIB do país.

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Em 2004, as cinco cidades com mais altos PIB's abocanham 25% da produção de bens e serviços. Apenas a capital do Amazonas, cuja economia cresce na esteira da indústria da zona franca, passou a integrar a lista dos maiores PIB's.

Na outra ponta, os 1.313 municípios com os menores PIB (3,4% da população) respondiam por apenas 1% do PIB nacional.

Entre as capitais, Palmas (TO) tinha o menor PIB de 2008. Florianópolis (SC), por sua vez, era a única que não ocupava a primeira posição em seu Estado --ficou atrás de Joinville e de Itajaí. Juntas, as 27 capitais geraram mais de um terço (33,9%) do PIB brasileiro.

Outro dado revela a concentração da economia brasileira: as capitais do Norte foram responsáveis por 2,4% do PIB de 2008; enquanto as Sudeste corresponderam por 19% da geração de riqueza do país.

PIB PER CAPITA

Sede da segunda maior refinaria da Petrobras, a pequena São Francisco do Conde (BA) tinha o maior PIB per capita do país: R$ 288.371. A média nacional era de R$ 15.989. Outras duas cidades ligadas à indústria do petróleo --Triunfo (RS) e Quissamã (RJ)-- integravam a lista das cinco maiores rendas per capitas brasileiras.

Entre as capitais, Vitória (ES) possuía o mais alto PIB per capita: R$ 71.407. Em seguida, vinham Brasília (R$ 45.978), São Paulo (R$ 32.494), Porto Alegre (R$ 25.712) e Rio de Janeiro (R$ 25.122).

Apesar de perder participação em anos anteriores, São Paulo se mantinha, em 2008, como principal polo industrial do país --com peso de 8,7%, abaixo dos 9,9% de 2004. Campos dos Goytacazes (norte fluminense), graças à exploração de petróleo na bacia de Campos, ficou com o segundo lugar no ranking do PIB industrial (3,4% de participação), posição alcançada desde 2005.

Já na agropecuária, Sorriso (MT), produtor de soja, tem o maior PIB da atividade. valor adicionado bruto da agropecuária. Já nos serviços, apenas duas capitais (São Paulo e Rio de Janeiro) correspondiam a 25% da produção do setor.


PEDRO SOARES
DO RIO

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