O teólogo Leonardo Boff assegurou na Cidade do México que a Igreja católica vive “a pior crise” em decorrência dos casos de pedofilia por parte de sacerdotes e da “acumulação de poder de clérigos e da Santa Sé”. A reportagem é da Agência Efe, 14-12-2010. A tradução é do Cepat.
Boff, um dos mais destacados representantes da Teologia da Libertação, considerou que esta crise é responsável pela “migração de um número cada vez maior de fiéis para outros cultos”.
“Esta profunda crise que a Igreja católica está enfrentando é pior que a da Reforma”, insistiu, ao responsabilizar os “bispos, cardeais e presbíteros” por esta situação e não os fiéis.
Boff participou, nesta segunda-feira, da conferência magistral “Igreja e Novos Desafios” na Casa Lamm, na Cidade do México, convidado por organizações como o Centro Nacional de Comunicação Social (Cencos).
O filósofo e escritor questionou a liderança do Papa Bento XVI ao asseverar que mesmo sendo “um grande professor de teologia (...) não tem a altura de um pastor para estar à frente de mais de um bilhão de pessoas”.
Com relação ao fenômeno da pedofilia, e que nos últimos anos colocou em xeque a Igreja católica, Boff considerou que esta situação se agravou com o apoio que João Paulo II deu ao sacerdote mexicano Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, envolvido em pedofilia.
“É uma das piores vergonhas para o Vaticano (...), Maciel era um pecador público, um criminoso, um ladrão, um pedófilo que inclusive abusou de seus próprios filhos”, disse.
O sacerdote mexicano Marcial Maciel (1920-2008), fundador dos Legionários de Cristo, foi convidado para se afastar das atividades em 2006 por Bento XVI devido aos abusos que cometeu ao longo de décadas.
Em 1º de maio passado, o Vaticano confirmou os “gravíssimos e objetivamente imorais” comportamentos de Maciel.
Para Boff, “a Santa Sé, com todo o poder que possui, tentou aliviar a gravidade da situação, primeiro dizendo que eram calúnias, invejas e um complô que, no final das contas, teve que admitir, mas não tratou os abusos como crimes, senão como pecados”.
“Esta profunda crise que a Igreja católica está enfrentando é pior que a da Reforma”, insistiu, ao responsabilizar os “bispos, cardeais e presbíteros” por esta situação e não os fiéis.
Boff participou, nesta segunda-feira, da conferência magistral “Igreja e Novos Desafios” na Casa Lamm, na Cidade do México, convidado por organizações como o Centro Nacional de Comunicação Social (Cencos).
O filósofo e escritor questionou a liderança do Papa Bento XVI ao asseverar que mesmo sendo “um grande professor de teologia (...) não tem a altura de um pastor para estar à frente de mais de um bilhão de pessoas”.
Com relação ao fenômeno da pedofilia, e que nos últimos anos colocou em xeque a Igreja católica, Boff considerou que esta situação se agravou com o apoio que João Paulo II deu ao sacerdote mexicano Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, envolvido em pedofilia.
“É uma das piores vergonhas para o Vaticano (...), Maciel era um pecador público, um criminoso, um ladrão, um pedófilo que inclusive abusou de seus próprios filhos”, disse.
O sacerdote mexicano Marcial Maciel (1920-2008), fundador dos Legionários de Cristo, foi convidado para se afastar das atividades em 2006 por Bento XVI devido aos abusos que cometeu ao longo de décadas.
Em 1º de maio passado, o Vaticano confirmou os “gravíssimos e objetivamente imorais” comportamentos de Maciel.
Para Boff, “a Santa Sé, com todo o poder que possui, tentou aliviar a gravidade da situação, primeiro dizendo que eram calúnias, invejas e um complô que, no final das contas, teve que admitir, mas não tratou os abusos como crimes, senão como pecados”.
Agência Efe - IHU - 14.12.2010
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