Projeto alia vários meios de comunicação para estimular a reflexão sobre seis temas que norteiam as escolhas cotidianas dos brasileiros
Aproximar-se do público por meio de diferentes plataformas é um dos objetivos do projeto "Por que a gente é assim?", idealizado pelas produtoras cariocas Matizar e Novenove. Por meio de uma série de TV, um website, ações em redes sociais e apresentações de teatro nas ruas de diferentes cidades do Brasil, o projeto pretende estimular a reflexão sobre seis temas que norteiam as escolhas cotidianas dos brasileiros: sexo, fé, autoridade, consumo, preconceito e educação.
"Queremos discutir e aprofundar como escolhas e comportamentos de brasileiros - em diferentes contextos - informam sobre nossos valores hoje. Como encaramos a escola? Realmente a valorizamos? Como reagimos ao poder e ao preconceito? Como a fé nos ajuda a seguir? Não pretendemos responder, mas mostrar as respostas que já estão aí e discuti-las coletivamente", explica o diretor do projeto, Guilherme Coelho. A iniciativa lançada nesta segunda-feira (22).
Para TV, o projeto preparou seis programas de 26 minutos cada, contendo curtas documentais realizados por produtores de cinema e vídeo de todo o país. Na web, o site www.porqueagenteeassim.com.br editado pelo jornalista carioca Leonardo Pimentel promoverá um fórum permanente e interativo para discutir as opções morais do dia a dia do brasileiro. O portal terá matérias, textos de blogueiros de diversos pontos do país, artigos de colunistas convidados, todos integrados a redes sociais.
Dentre os colunistas fixos estão os redatores publicitários Cynthia Feitosa e Nelson Moraes (GO); a escritora Noga Sklar (RJ); e Ivan Moraes Filho, conselheiro do Movimento Nacional de Direitos Humanos (PE). “Um dos nossos objetivos é fomentar na sociedade uma discussão sobre valores fundamentais ao progresso e ao bem-estar social", acrescenta Coelho.
O portal debaterá temas como: bullying atingindo crianças cada vez mais novas nas escolas. O consumismo pintado como vilão do mundo moderno. O isolamento das tribos online. Os mitos e verdades na conduta dos evangélicos, entre outros.
Na rua
A iniciativa também se desdobra em debates e apresentações de teatro na rua. Cinco companhias de teatro farão apresentações em suas regiões, trazendo à tona os aspectos mais significativos dos hábitos sociais e levando às platéias a refletirem inloco sobre os princípios que regem seu dia a dia. Entre os grupos participantes estão Artetude, de Brasília; Bagaceira, de Fortaleza (CE); e Timbre de Galo, de Passo Fundo (RS).
Um conselho consultivo multidisciplinar foi criado para ajudar na criação de pautas e análise de conteúdo do projeto. "Um ponto importante que esse projeto apresenta é justamente a possibilidade de poder se perguntar "Por que a gente é assim?’ Ao acionar essa diversidade brasileira vão aparecer respostas diversas que ajudarão a criar alianças e diminuir preconceitos", acredita a antropóloga Regina Novaes, que compõe a equipe.
Participam, ainda, da iniciativa a atriz Camila Pitanga; a coordenadora do núcleo audiovisual do Nós do Morro, Luciana Bezerra; o cientista social Alberto Carlos de Almeida; o urbanista Mozart Vitor Serra; e Jailson de Souza, sociólogo e coordenador do Observatório das Favelas. A direção editorial do projeto é do jornalista Arthur Dapieve.
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