Em pleno abril vermelho, quando se sente ainda pulsar nas veias abertas o sangue derramado em Eldorado dos Carajás, no dia 17 de abril de 1996, com o assassinto de 19 trabalhadores rurais e com o assassinato de Zé Maria do Tomé na chapada, em Limoeiro do Norte, no dia 21 de abril de 2010, jorra nas faces militantes o sangue de mais um irmão. No dia 14 de abril de 2012 foi assassinado em Buriticupu, no Maranhão, o líder sindical e agente das Comunidades Eclesiais de Base, Raimundo Alves Borges, 56.
Em nota de pesar e repúdio diante do assassinato de Raimundo Alves Borges, a equipe regional das CEBs do Maranhão diz que "tudo indica que se trata mais uma vez da agressiva disputa do latifúndio porque 'cobiçam campos e os roubam; querem uma casa, e as tomam'. " E continua a nota "não é a primeira vítima da violência que sofreu uma agressão mortal no município de Buriticupu. Como nas outras vezes, não podemos ficar calados diante de mais esse fato de profunda injustiça"
O abril vermelho continua, porque enquanto o sangue dos Mártires continuar fecundando o chão, por conta do latifúndio, as forças militantes não podem ficar paradas. Segundo dados do MST são 186 mil famílias em todo território nacional acampadas em busca da terra.
Julio Ferreira
Julio Ferreira
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