domingo, 22 de janeiro de 2012

PPP - Povo Pobre do Pinheiro - "Solidariedade"



Assisti pela televisão a questão da reintegração de posse da área chamada Pinheirinho, na cidade e diocese de São José dos Campos. Se bem entendi é a área da Comunidade Madre Teresa de Calcutá, mas independente de ser ou não a mesma área, acredito que cabe uma posição.

Não discuto a parte legal de toda essa questão, por não conhecer e até mesmo por entender que mesmo a justiça não está muito esclarecida quanto a situação. Ficou bem claro um conflito entre a justiça estadual e federal nas matérias veículadas hoje.

Em primeiro lugar a minha solidariedade para com as famílias. Um dia de horror, de medo, de insegurança, situação triste para o ser humano. Minha solidariedade e meu apoio a continuar na terra. Uma área tão grande, ocupada por famílias que não querem mais do que um pedaço de chão para viver. Essa terra que ficou tantos anos desocupada, atendendo somente ao interesse e cobiça de uns poucos deve ser repartida para que as familias possam aí viver e criar seus filhos e filhas com dignidade.

Segundo, neste dia do Senhor, Domingo, dia de descanso para muitos trabalhadores e trabalhadoras, logo nas primeiras horas do dia, toda aquela força policial para cumprir a "justiça". Meu Deus, onde está a dignidade do ser humano? Crianças, idosos, homens e mulheres sendo retirados a força de suas casas. Isso não é vida. É um abuso, é uma covardia.

Terceiro, as CEBs devem tomar partido nessa situação, assim como a Igreja de São José dos Campos. É a vida sendo agredida. É a vida sendo exposta a um futuro incerto. Ninguém sabia o que fazer, para o onde ir. Foram oferecidas instalações sem o mínimo de dignidade. Isso está bem claro nas matérias veículadas na televião e também na internet. Não é questão de fazer coleta de alimento não, não é questão de distribuir cestas básicas. É questão de garantir a essas familias a permanência nas casas e com os bens que adquiriram.

Quarto, é certo que a terra está concentrada nas mãos de uns poucos nos campos e nas cidades. É certo que grandes interesses estão em jogo nas cidades onde existe cada vez menos espaço e cada vez mais interesses comerciais. A convite da caminhada das CEBs rumo ao 13º Intereclesial, que nos pede uma reflexão de nossas comunidades no campo e nas cidades é chegada hora de tomar as dores de nosso povo e com ele lutar. Pois Deus "ouve o clamor de seu povo", caminha conosco, habita com a gente, faz seu barraco no meio de nós, Ele é o "Emanuel", Deus conosco.

Passou a hora da reflexão o momento é de ação. Juntemos forças para que a vida seja realmente protegida.

Abraços!!!

Éder Massakasu Aono
Animador de Comunidades

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