A vida mergulhada em dificuldades. Em poucas horas, Três Vendas (RJ) virou uma ilha. O pequeno distrito de Campos, no norte do estado do Rio, foi inundado na última quinta-feira. A cheia do rio Muriaé destruiu uma parte da BR-356, que funcionava como um dique, e a correnteza foi para cima das quase mil casas. É um drama humano, mas a enchente também faz outras vítimas.
Há cães e gatos por todos os lados. Para um cachorro, sobrou a pontinha do muro como refúgio. Mas os pregos que antes deveriam espantar ladrões, o impedem sequer de se mexer.
Na pressa para sair de casa ou ocupar as partes mais altas das casas, muitas pessoas acabaram deixando para trás os animais domésticos. Outro cachorro, segundo os vizinhos, está desde sábado lutando para não morrer afogado.
“Tentamos chegar até ele de barco, mas não conseguimos porque o portão da casa estava trancado. O cão parecia cansado demais para atender nossos apelos. O bicho continuou imóvel. Até que um vizinho apareceu para ajudar”, relatou um morador. Fabrício acabou entrando na água para salvá-lo.
“Se ele continuasse lá ia acabar morrendo”, diz o morador Fabrício Martins. “Não sei de quem é.”
Demos uma carona até uma das poucas ruas secas. O soldado do Exército deu uma mãozinha porque ele não queria sair do barco. Não se sabe ao certo quantos animais existem em Três Vendas ou quantos foram resgatados. Mas nem todos os aimais esperam pelo socorro.
Uma dupla encarou a água e, devagar, foi até a margem mais próxima. Em um canto, com sombra, foram se recuperar do esforço. Até que água baixe e, quem sabe, animais e tutores possam voltar a viver.
Fonte: ANDA - Agencia de Noticias de Direitos Animais
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