Encontro mundial de líderes religiosos em Assis, a 27 de Outubro, «pela justiça e a paz», tal como João Paulo II o convocou em 1986
Participarão 31 delegações cristãs  e de alto nível, provenientes das  mais variadas Igrejas, comunidades eclesiais e organizações cristãs  mundiais. Pelas Igrejas do Oriente, 17 delegações, incluindo o Patriarca  de Constantinopla, Bartolomeu I, e um representante do Patriarcado de  Moscovo. Das Igrejas e comunidades cristãs do Ocidente, 13 as  delegações, com a participação, nomeadamente, do arcebispo de Cantuária,  Rowan Williams, e do secretário-geral do Conselho Ecuménico das  Igrejas, com a respectiva delegação.
Juntam-se 176 expoentes de diversas tradições religiosas não cristãs e  não judaicas. Destas, 48 são muçulmanos, provenientes de países árabes,  do Médio Oriente e também de países ocidentais.  Não faltam  representantes do Induísmo (e de religiões conexas, da Índia), assim  como do Taoísmo, dos Shintoísmo e novas religiões do Japão. Participam  ainda quatro personalidades representando religiões tradicionais da  África, América e da Índia. Do budismo, haverá 16 delegações  provenientes de 11 países, com um total de 67 pessoas.
A jornada é sobretudo uma peregrinação, defendeu o presidente do  Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, durante a conferência de  imprensa. «Peregrinação implica purificação, ascese, um empenho assumido  de forma comunitária», afirmou o cardeal Peter Turkson. Não é um acaso –  realçou -  que o tema escolhido pelo Santo Padre para este encontro  seja «Peregrinos da verdade, peregrinos da paz».
O cardeal defendeu que é preciso dizer «Não» à instrumentalização da  religião e reafirmou que a paz necessita de verdade. «A busca da verdade  é condição para abater o fanatismo e o fundamentalismo, para os quais a  paz se obtém com a imposição aos outros das próprias convicções», disse  Peter Turkson, adianta a Rádio Vaticano.
Para a construção de um mundo melhor, é necessário o empenho de todos  os homens de boa vontade, não somente dos homens de fé. O encontro de  Assis «quer ser um sonho que continua e se torna sempre mais realidade:  um com o outro, e não mais um contra o outro; todos os povos em marcha  de diversos pontos da Terra, para unirem-se numa única família»,  concluiu.
 
Lucilia Oliveira

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