quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Treze países e oito capitais brasileiras terão atos contra Belo Monte
Ativistas de treze países confirmaram protestos para esse sábado, 20 de agosto, em uma grande manifestação mundial contra a construção da usina hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, No Pará.
No Brasil, há manifestações confirmadas em oito capitais brasileiras para o mesmo dia.
Este é o primeiro ato organizado mundialmente contra Belo Monte. O objetivo é chamar a atenção dos governos e da sociedade mundial para os impactos que serão causados pela hidrelétrica, que alagará 500 quilômetros quadrados de área da floresta amazônica. As manifestações também pedem respeito à vida das etnias indígenas que vivem em torno do Rio Xingu e que serão duramente afetadas no seu modo de vida pela construção.
Protestos estão confirmados na Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França, Portugal, México, Inglaterra, Holanda, Escócia, Taiwan, Turquia e País de Gales. A maioria das manifestações ocorrerá em frente à embaixada brasileira desses países.
No México, Inglaterra, Holanda, Escócia, Taiwan, Turquia e País de Gales, os atos estão marcados para a segunda-feira (22). No Brasil, haverá manifestações em Brasília, Belém, Fortaleza, João Pessoa, Salvador, São Paulo, Recife e Rio de Janeiro.
A construção dos atos é descentralizada e parte da iniciativa individual de ativistas, conforme explica um dos organizadores da manifestação de São Paulo, Marco Antonio Morgado, integrante do Movimento Brasil pela Vida nas Florestas. Os atos devem lembrar a cultura indígena com a realização de rituais de guerra e danças originárias dos povos que vivem em torno do Rio Xingu, como a Takuara, Jawari e Yamurycumã.
Contrariando exigências da OEA (Organizações dos Estados Americanos) e da Organização das Nações Unidas (ONU), o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) liberou a liminar autorizando o início da obra.
Já houve conflitos entre a polícia e a população de Altamira, que está sendo retirada das suas terras (leia: Usina de Belo Monte faz suas primeiras vítimas). Também os índios já sentem os efeitos do prenúncio da construção. Segundo Morgado, integrantes da etnia Kalapalo relatam que indígenas estão se deslocando para onde será construída a barragem. Eles tentam impedir a construção. Os que se opõem a Belo Monte sofrem ainda com ameaças de morte.
Fonte: Brasil de Fato
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