“Por que procuram entre os mortos aquele que vive?” (Lc. 24,5)
Jesus foi assassinado, mas é imortal. Continua sendo memorizado por seus seguidores/as.
Jesus não foi assassinado por acaso ou por engano, nem por destino e muito menos por “vontade de Deus”: Deus não é sádico para fazer sofrer e se alegrar com o assassinato de alguém.
Jesus foi assassinado por aquilo que disse e fez, pelas atitudes e posicionamentos que tomou.
O seu assassinato foi consequência do confronto com adversários ideológicos, teológicos, religiosos e políticos que se sentiram ameaçados com a nova proposta teológica, política e social de Jesus.
Jesus percebeu o conflito, deu-se conta da conspiração e foi vislumbrando a hora decisiva. Teve várias tentações. Podia se omitir, demitir, fugir ou simplesmente abandonar o “Projeto de Deus”.
A mística da fidelidade/paixão pelo “Pai” e a compaixão pelo “povo sofrido como ovelhas sem pastor” deram a Jesus toda a força/convicção para assumir até as últimas consequências.
Como Jesus muitos outros assumiram a vida pelo “Ideal de Deus”. São Oscar Romero dizia: “Se me matarem ressuscitarei nas lutas de meu povo”.
Deus ressuscitou Jesus na união, comunhão e lutas dos cristãos. Os/as discípulos/as, primeiro amedrontados/as de portas fechadas, abriram as mentes e os corações, no “partir do pão”, reabraçaram a caminhada de Jesus e fizeram ressurgir Jesus em várias partes do mundo.
Fizeram memória histórica e eucarística de Jesus e concluíram: Jesus tinha razão, passou fazendo o bem e nós somos e seremos testemunhas de tudo isso.
Para além de lamentar e contemplar o assassinato doloroso de Jesus e seu sepultamento é preciso fazê-lo ressuscitar na sociedade atual, tornar visível e atuante sua vida apaixonada pelo Projeto Deus e pelo povo sofrido.
Feliz Ressurreição de Jesus entre nós
Zé Teixeira
Fonte: Se Avexe não!
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