Os médicos vêm tentando há décadas impedir a continuidade da lesão do coração de pessoas que sofreram um grave enfarto do miocárdio. Um ataque do coração, ou enfarto do miocárdio, ocorre quando o fluxo de sangue para o coração é parcialmente bloqueado matando todas ou parte das células cardíacas. Uma vez danificadas, estas células não se regeneram sozinhas e o coração fica com uma cicatriz. Esta cicatriz é mais fina que o tecido cardíaco e é propensa a inflamações.
O coração é cercado por uma estrutura extracelular que poderíamos comparar a uma gaiola de passarinho que o suporta.
Médicos de todo o mundo sabem que o enfarto também afeta esta estrutura extracelular que suporta o coração, e isto é uma das causas da repetição dos enfartos, pois aumenta o stress sobre o órgão, fazendo com que ele tenha que bombear a mesma quantidade de sangue com uma musculatura menor e sem ter o apoio externo.
Cardiologistas em Israel têm se dedicado a estudar técnicas para reconstruir esta estrutura que envolve o coração e que o sustenta fisicamente. O grande avanço dos cientistas judeus em Israel foi propor o uso de algas marinhas para reconstruir a estrutura extracelular que protege o coração.
Em primeiro lugar, foi descoberto que um polímero derivado de algas do mar poderia ser utilizado para reconstruir estruturas extracelulares do coração. O passo seguinte foi coletar células sadias do coração enfartado e colocá-las dentro de um molde feito com as algas. As células cardíacas cresceram dentro do molde e este foi colocado na região enfartada do coração. Novos vasos sangüíneos cresceram no molde, ajudando a alimentar o coração, e depois de 60 dias o molde dissolveu-se e foi eliminado na urina, enquanto as novas células criadas construíram sozinhas um novo envólucro para sustentar o coração.
O problema desta técnica é que ela exige uma cirurgia cardíaca, com todos os seus riscos. O avanço seguinte em Israel foi aplicar injeção destas algas nas cobaias que tinham sofrido um enfarto. Junto com o extrato de algas foi colocado um produto que vira gel ao ter contato com estruturas contendo cálcio.
Como as células cardíacas possuem um alto teor de cálcio, a injeção vai até o coração e cria em torno das áreas afetadas uma nova “gaiola”, fortificando a estrutura que protege o coração e evitando um segundo infarto. Até agora nenhum efeito colateral foi observado e neste ano o método está sendo testado em 30 pacientes na Alemanha, Bélgica e Israel. No próximo ano começarão os testes nos Estados Unidos.
O povo judeu sente-se orgulhoso de poder colaborar para que as pessoas de todas as religiões e de todos os países, inclusive para você, nosso ouvinte que já sofreu um infarto, tenham uma melhor qualidade de vida. São os judeus ajudando a construir um mundo melhor.
Fonte: Hora Israelita
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