O mundo, a partir do movimento e do devir, da contingência, da ordem e de sua beleza, pode nos levar a conhecer a Deus como origem e fim do universo. O criador nos fala por intermédio de sua obra criadora, extensão de suas mãos. O cosmos material apresenta-se à inteligência humana para que esta leia nele os vestígios de seu criador. As forças da natureza, a luz e a noite, o vento e o fogo, a água e a terra, a árvore e os frutos falam de Deus, simbolizam ao mesmo tempo a grandeza e a sua proximidade. Mais uma vez parafraseando Chardin podemos afirmar que o ser humano, em nome de sua fé, tem o direito e o dever de se apaixonar pelas coisas da natureza e, em tudo, perceber nela o rosto, plurifacetado de seu Senhor.
Antes de se revelar ao ser humano, Deus se lhe revela pela linguagem universal da criação, obra de sua Palavra, de sua Sabedoria: a ordem e a harmonia do cosmos que tanto a criança como o cientista descobrem, "a grandeza e a beleza das criaturas levam, por analogia, à contemplação de seu Autor, pois foi a própria fonte da beleza que as criou" (Sb 13,3.5; CIC 2500).
O equilíbrio e a sintonia do mundo criado resultam da diversidade dos seres e das relações que existem entre eles, como numa majestosa orquestra. O homem as descobre progressivamente como leis da natureza. Qualquer afronta à natureza provoca desequilíbrio. O rompimento da harmonia, por sua vez, trás destruição e morte e é um pecado ecológico. Educar as gerações para respeitar o meio ambiente é garantir a sobrevivência da vida no planeta e é prestar culto a Deus, pois foi ele quem a criou. Deus está presente em sua obra criadora. O mundo é um imenso santuário.
Carlos Alberto Chiquim
Presidente da Assintec
Coordenador Nacional da Pastoral do Turismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário