domingo, 2 de janeiro de 2011

Atentado a cristãos no Egito - Papa qualifica de "vil gesto de morte"



atentado noEgito


O papa Bento XVI qualificou neste domingo de "vil gesto de morte que ofende a Deus e à humanidade", o atentado numa igreja de Alexandria, no Egito, na noite de sexta-feira que causou a morte de 21 pessoas e feriu outras 79.

Após a celebração do primeiro Angelus de 2011, o papa assegurou que "o ato vil" como o acontecido também no Iraque de pôr bombas perto de casas de cristãos, "ofende a Deus e à humanidade inteira".

"Perante o ato de violência que tem como alvo os cristãos, e tem consequências sobre toda a população, rezo pelas vítimas e os familiares, e encorajo à comunidade eclesiástica a perseverar na fé e no testemunho de não violência do Evangelho", afirmou. Bento XVI fez referência também aos trabalhadores pastorais assassinados em 2010 em diversas partes do mundo. "Para eles vai igualmente nossa afetuosa lembrança perante o Senhor".

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Cairo, 1 jan (EFE).- O presidente egípcio, Hosni Mubarak, afirmou neste sábado que o atentado de sexta-feira à noite contra uma igreja cristã de Alexandria "tem o selo de elementos estrangeiros".

"O terrorismo não vai conseguir desestabilizar o Egito e a unidade entre cristãos e muçulmanos", afirmou Mubarak em mensagem especial divulgada pela televisão.

Pouco depois da meia-noite (no horário local), uma bomba explodiu na porta de uma igreja de Alexandria quando dezenas de fiéis saíam do templo, deixando 21 mortos e 79 feridos.

É o ataque mais grave contra a comunidade cristã egípcia, embora entre os mortos e feridos haja uma dezena de muçulmanos.

"Este ato brutal nos choca. A mistura do sangue de muçulmanos e cristãos é uma prova de que todo Egito é o alvo deste terrorismo cego", afirmou Mubarak.

"Vamos cortar a cabeça da serpente e acabar com o terrorismo", acrescentou.

Mubarak não identificou quem pode estar por trás deste atentado, embora em 1º de novembro um grupo terrorista iraquiano vinculado à Al Qaeda tenha ameaçado os cristãos egípcios.

"Já ganhamos uma batalha contra o terrorismo nos anos 90", acrescentou o governante, em referência aos ataques perpetrados por grupos radicais islâmicos dirigidos contra civis, altos funcionários e turistas estrangeiros.

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