A Pastoral da Criança, que historicamente trabalha pela redução das taxas de desnutrição infantil, vai atacar outro problema que prejudica a saúde de crianças e adolescentes brasileiros: a obesidade.
O projeto piloto da Pastoral da Criança de combate à obesidade infantil será desenvolvido, pelo período de um ano, nas cidades paranaenses de Maringá e Cascavel, informou o médico Nelson Arns Neumann aos repórteres Mauri König e Marcus Ayres, da Gazeta Maringá.
Cerca de 400 voluntários e voluntárias vão acompanhar de sete a nove mil crianças em cada uma das duas cidades, escolhidas para acolher o projeto piloto por causa do grande número de pessoas disponíveis a se envolver na proposta.
O Brasil soma, hoje, nove milhões de crianças subnutridas e 15 milhões de obesas, nos dois casos não por, necessariamente, comerem muito ou pouco, mas por ingerirem alimentos com elevados percentuais de gordura trans, açúcares, baixo teor de fibras, afora o sedentarismo.
Há dez anos, 9% das crianças estavam abaixo do peso ideal, hoje somam 5%. Em compensação, em 30 anos dobrou o número de meninas com sobrepeso e quadruplicou o número de meninos acima do peso, informa a Gazeta Maringá.
Entram nesse grupo as ofertas dos “fast-food” – lanches rápidos. Em Minas Gerais, acordo do Ministério Público com 47 empresas congregadas na Associação Nacional de Restaurantes vai permitir ao consumidor ter as informações embutidas nas embalagens sobre o valor nutricional dos produtos.
As empresas terão que informar o valor energético, quantidades de carboidrato e proteínas, a quantidade das gorduras trans e saturadas, e de sódio. Elas terão 180 dias para implantar as medidas.
As ofertas dos lanches rápidos, tão a gosto de pessoas que não reservam tempo diário para uma refeição calma e tranqüila, saudável, são calóricos, ricos e em gordura e colesterol, e com grande quantidade de sódio (sal). Muitas vezes as pessoas engolem esses lanches trabalhando, dirigindo, com pressa, o que prejudica a digestão.
A assembléia plenária do Conselho Pontifício para a Cultura, reunida de 10 a 13 de novembro, em Roma, dedicou uma sessão ao estudo das técnicas de comunicação nas refeições.
O presidente do Conselho, cardeal Gianfranco Ravasi, disse que na sociedade do fast-food a refeição rápida converteu-se na “negação do diálogo através das refeições”. Ele lembrou que as refeições, ao longo da história, não tiveram como objetivo único matar a fome, mas também comunicar.
Na assembléia do Conselho Pontifico para a Cultura, os delegados usufruíram uma refeição ao estilo renascentista, baseada em receitas da época, na qual cada prato representou um sentido estético e comunicacional.
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