quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Bispo Dom Luiz Carlos Eccel é pressionado a renunciar
Bispo que apoiou Dilma é pressionando a renunciar
e
Papa aceita renúncia de bispo brasileiro que apoiou Dilma Rousseff
CIDADE DO VATICANO - O papa Bento XVI aceitou a renúncia de Luiz Carlos Eccel, bispo de Caçador (Santa Catarina, Brasil), que apoiou para a eleição presidencial Dilma Rousseff, criticada pela Igreja Católica por suas posições sobre o aborto, anunciou nesta quarta-feira o Vaticano.
Bento XVI aceitou a renúncia do bispo Eccel "em conformidade com o artigo 401 parágrafo 2 do Código de Direito Canônico", indicou o Vaticano em um comunicado. Esse artigo prevê a renúncia "por motivos de saúde ou por outra causa grave".
Este bispo, de 58 anos, não teria se mantido fiel à Igreja católica ao apoiar abertamente a candidatura de Dilma Rousseff, eleita presidente no dia 31 de outubro.
Alvo da Igreja católica e dos evangélicos por suas posições a favor da legalização do aborto, a candidata do Partido dos Trabalhadores afirmou antes do segundo turno que não iria modificar a lei.
Durante a campanha eleitoral, o bispo de Guarulhos (São Paulo) divulgou um manifesto contra Dilma, a pessoa escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sucedê-lo, apresentando-a como "a candidata da morte".
Três dias antes do segundo turno, no dia 28 de outubro, Bento XVI disse, ao receber os bispos brasileiros, que os sacerdotes tinham "o dever de emitir um julgamento moral, mesmo na política", quando "os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem".
As declarações foram recebidas no Brasil como um apoio implícito ao candidato social-democrata da oposição, José Serra.
Após as declarações do papa, Eccel ainda divulgou outra carta apoiando Dilma. No texto, ele afirma que "o Santo Padre foi muito oportuno e feliz nas suas colocações", mas alerta para "facções sociais, políticas e religiosas" dentro da própria igreja que "estão manipulando o texto do papa, para justificar a sede do poder".
O então bispo ainda declarou que tanto Dilma quanto Serra concordam com o papa. "Ambos concordaram com as palavras do papa, dizendo que é missão dele exortar para uma vida coerente com os valores da fé e da moral, e que as palavras do Papa valem para todas as pessoas de fé, no mundo inteiro", analisou.
Em seguida, Eccel ressalta que o presidente Lula "tem defendido a vida, e sempre se pronunciou contra o aborto. Nesses últimos anos o Brasil tem crescido e melhorado em todos os aspectos, de maneira especial no respeito à vida e a valorização da dignidade humana. Esta é a vontade de Deus. E as pessoas, em plena posse de suas faculdades mentais, vão reconhecer esta verdade". Ao final, o religioso agradeceu as palavras do pontífice. "Obrigado pelas sábias palavras", escreveu
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2 comentários:
é....
Nossa Igreja já não é mais a mesma...
Expulsam fiéis, expulsam padres, expulsam bispos... Até quando?
Mas nós, das CEB's nos manteremos fiéis à Jesus Cristo!
O que é manter-se fiel? É o filho mandar no pai? Aprendi com um grande amigo meu, filiado ao PT em São Joaquim-SC, que quem obedece nunca erra. O erro de Dom Luiz não foi o de achar que Dilma era a melhor opção, mas sim de explanar, na qualidade de bispo, ou seja, de Igreja Particular de Caçador, opinião positiva partidária publicamente, o que é vedado à Igreja.
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