CEBs e Economia Solidária – Vida e Dignidade para Todos, CEBs Diocese de Hamburgo

34º Encontro Diocesano de Cebs reuniu mais de 240 participantes

À luz do tema CEBs e Economia Solidária – Vida e Dignidade para Todos, o 34º Encontro Diocesano das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs) ocorrido dias 13 e 14, no Centro de Eventos do Parque Saiqui, em Canela, acolheu 249 delegados das 21 paróquias da Diocese de Novo Hamburgo, além da coordenação e padres. O evento encerrou às 15h de domingo, com a celebração da Santa Missa. Na abertura, o coordenador diocesano de pastoral, Monsenhor Airton Haack, lembrou que em tempo de Santas Missões Populares (SMP), as Cebs sinalizam pistas concretas de trabalho. Para o coordenador diocesano, padre Ramiro Mincato, as Cebs representam ao reação ao comodismo e escrevem sua própria biografia na história da Igreja. O Bispo Dom Zeno Hastenteufel convocou todos para o Trem da Missão Continental e enfatizou que as Cebs refletem esse “novo fazer missionário”, pois são as forças vivas da Igreja.
Como lema esta edição propôs “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10), e o eixo Economia Solidária norteou as discussões em plenário e grupos. A proposta abriu com a palestra Análise da conjuntura social, com o assessor Milton Viário, que alertou para o fato de que o ritmo acelerado da globalização econômica inviabiliza os contatos. “A velocidade de nossa cabeça é mais ou menos como forma de produção. Como consequência, temos as doenças operacionais”, argumentou. Na avaliação do palestrante, o caminho para sair dessa enrascada civilizatória de individualismo, está na reconstrução dos valores de fraternidade e solidariedade, no resgate às microcomunidades e as comunidades eclesiais de base solidificam essa prática.
A questão política da Educação e Economia Solidária - Quais os princípios da Economia Solidária foi enfocada pela Irmã.cebs34 Maria Brendalli Costa e Marines Bresson. As painelistas deixaram claro que a economia solidária cumpre o papel da geração de renda através da articulação de pequenas redes produtivas em prol da coletividade. Citaram a criação de uma associação de recicladores, onde existe a autogestão, ou seja, a partilha dos lucros, mas não um salário. A assessora Marines Besson, porém fez uma ressalva: “não se pode confundir economia solidária com trabalho voluntário. Ambos não são sinônimos”. Também afirmaram uma experiência alternativa requer estudo da situação com a definição do perfil de atuação e planejamento das ações.
Além das plenárias e apresentações artísticas, o ambiente do Centro de Eventos do 34º Encontro foi enriquecido com várias tendas: Mundo Limpo – São Leopoldo, Coolabore – Campo Bom, Reciclando Ideias – Novo Hamburgo, Morro da Cruz – Porto Alegre, Trocas – Hamburgo Velho, Metal – Campo Bom, Santa Teresinha – Sapiranga, Produtos Orgânicos – Travessão, Produção Comunitária – Cáritas e Mãos Unidas.
Ao discutir “A solidariedade na caminhada do povo de Deus, o padre Ramiro Mincato destacou que fé e economia solidária devem estar na mesma direção; afinal, a Igreja é um serviço para concretizar o testemunho a Jesus.